quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

MARICARNAVAL 2018: PRIMEIRO DIA TEM BAILE DA TERCEIRA IDADE, JOÃO BEZERRA E ZUMBEIRAS

PRIMEIRO DIA TEM BAILE DA TERCEIRA IDADE E ZUMBEIRAS


Centenas de foliões, usuários das 14 unidades da Secretaria de Políticas para a Terceira Idade, encontraram-se nesta quarta-feira (07/02), na Casa do Idoso Mais Feliz do Centro. Fantasias criativas enfeitaram a festa, assim como o cenário, marcado por fitas coloridas metálicas, máscaras venezianas e cartazes de carnaval. A banda ‘Tá Tudo em Casa’ não deixou os foliões parados por um instante, ao som das tradicionais marchinhas (o baile abriu com a Marchinha da Terceira Idade, de Antonio Sergio Salgado), forró, axé e outros ritmos. Foram realizados concursos de Rei (Djalma Lima, 76, de Ponta Negra), e Rainha do Carnaval 2018 (Damiana Rocha, 55, moradora no Caxito).


Por ser o núcleo mais recente, foi a primeira vez que Ponta Negra participou do Carnaval da Casa. Mesmo assim, levou um bom número de foliões. Emocionado, Djalma empunhou o cetro emprestado do Rei Momo do Carnaval, Paulo Goulart, e disse que encontrou um trabalho de atividades tão ou mais excelente do que praticava no Sesi-Caxias, de onde veio. “Aqui me sinto em casa”, observou.

A melhor fantasia feminina ficou por conta de ‘Fiona’ (do filme “Shrek”), personagem representado por Patrícia Menezes, 44, moradora de Itaipuaçu e frequentadora da Casa do bairro, onde pratica alongamento, pintura em tecido e dança cigana. Usuária do sistema há sete anos, Patrícia diz que tudo em sua vida melhorou: “Renasci”, enfatiza.


Outras fantasias que não concorreram, mas chamaram atenção foram a do ‘Chapeleiro Maluco’, personagem do professor de Educação Física Bruno Siqueira, 25 anos, inspirado no livro de Lewis Carroll (“Alice no País das Maravilhas”), transformado em filme, assim como o ‘Pirata Maluco’, personagem de Wally Rhomberg, 58 anos, moradora de Ubatiba, e praticante de Tai chi chuan, alongamento, yoga e zumba, na Casa Centro. “Estou aguardando vaga no curso de costura, pois pretendo fazer minhas próprias roupas e fantasias”, concluiu.


Não faltaram também, fadas, bruxas e piratas, Minnies, melindrosas, todas na maior animação. A primeira dama Rosana Horta marcou presença no baile, que contou com a Corte do MariCarnaval – Rei Momo Paulo Goulart, Rainha Keila Goulart e a Princesa Hellen Martins. A secretária de Políticas para a Terceira Idade, Lezirée Figueiredo, fantasiada de Coelhinha, estava super animada e alegre com a festa. “Nossa Casa é um lugar de reencontro das pessoas consigo mesmo, com a alegria e com a descontração. E quer descontração maior do que essa?!”, questionou. Lezirée lembrou ainda do Bloco da Terceira Idade, que sairá na sexta-feira (09/02), às 17h, na Praça Orlando de Barros Pimentel, Centro.


À noite, das 18:30 às 20:30 h, rolou a primeira edição do Bloco das Zumbeiras, na praça Orlando de Barros Pimentel. Apesar de poucas pessoas (cerca de 40), a animação também foi grande. O bloco (na verdade um aulão de zumba um pouco mais animado), aconteceu ao lado do anfiteatro.



Alunos caem no samba no bloco da escola João Bezerra


Animação e samba no pé não faltaram no tradicional bloco carnavalesco da Escola Municipal João da Silva Bezerra, que desfilou pelas ruas do bairro Divineia, em Maricá, na manhã desta quarta-feira (07/02). Com o tema “#SomostodosJB – Valorizando as diferenças”, dezenas de alunos, funcionários e comunidade caíram no samba e levaram muita alegria pelas ruas ao redor da escola.

Caracterizados com abadás, fantasias e pequenos adereços, os foliões acompanharam a banda composta por alunos da própria unidade escolar treinados pelo instrutor de música, Alberto Costa. Surdo, repique, tarol, chocalho são alguns dos instrumentos que compõe a banda e seu manuseio é explicado no projeto de percussão que ocorre ao longo do ano escolar ensinando diversos ritmos como samba, axé e olodum. Um dos alunos, Richard Fernando, de 15 anos aprendeu a tocar surdo e há três anos faz parte do bloco. “Gosto de carnaval e adoro ver a alegria das pessoas quando nosso bloco desfila. A animação contagia a todos e isso nos empolga”, disse.


O ex-aluno da escola, Alex Tadeu Oliveira, de 16 anos, mesmo formado há dois anos, faz questão de retornar a escola nesse dia só para sair no bloco. “Gosto muito dos projetos que são realizados, dos alunos e da equipe profissional”. Como integrante do projeto de percussão da escola, Alex aprendeu a tocar caixa, surdo e repinique e esse ano irá tocar na escola de samba Inocentes de Maricá. “Não sabia tocar nada e depois que comecei a participar desse projeto me interessei pelos instrumentos e pude aperfeiçoar”, ressaltou.

O samba-enredo fica sob a responsabilidade da inspetora Ivonete Rocha que cria o tema, a letra e é a intérprete que se apresenta com o bloco. “Minha inspiração para compor a letra do samba vem do trabalho que é realizado na escola. Basta colocar poesia e ritmo no nosso dia-a-dia que a criatividade flui. Temos que ter respeito pela diferença, valorizar o outro e espalhar o amor. Esse foi o tema do nosso samba”, explicou a inspetora.

Acompanhando o bloco com muito samba no pé, a primeira dama, Rosana Horta, falou sobre o projeto da escola. “O bloco é sensacional porque permite a integração da comunidade com as crianças. Leva alegria por onde passa”, destacou.


Diretora da unidade há dez anos, Simone Reis, explicou que a intenção é levar atividades para além dos muros da escola integrando alunos, pais e moradores do local. “As pessoas já esperam pelo nosso bloco e os alunos gostam de se sentirem motivados”. Para a diretora, é fundamental criar ações que tire a passividade da criança e do jovem. “O aluno tem que ser estimulado, se tornar ativo e isso faz com que eles se sintam importantes e valorizados”, destacou.

Com dez anos de existência, o bloco faz parte da programação de carnaval da cidade. “E nos enche de alegria lembrar que começamos tocando panelas, porque não havia instrumentos. Mas o ingrediente fundamental, que é a alegria, nunca nos faltou”, finalizou a diretora.