quinta-feira, 26 de março de 2015

PEZÃO VEIO DE BRANCO E TRAIU A TODOS


No dia dezoito de março do ano corrente, há alguns dias portanto, a cidade de Maricá recebeu a visita do recém-eleito governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, arrolado no maior esquema de corrupção da história deste país, ao lado de Fernando Collor de Melo, Renan Calheiros e dezenas de outros apoiadores das estripulias dos aloprados vermelhos.

Maricá é uma cidade que cresce em proporções geométricas, mas se desenvolve em proporções aritméticas, ou seja, cresce muito, desenvolve pouco. Diante de imensas demandas sociais, como um hospital chamado de “Portal da Morte”, crianças estudando em contêineres, esgoto in natura jogado em nossas lagoas, água nas torneiras como artigo de luxo, o excelentíssimo senhor Pezão, sabedor dos descalabros existentes em nossa cidade dormitório, veio à cercania inaugurar um “importantíssimo” retorno na entrada de Ponta Negra.

Além da obra nos deixar estupefatos pela sua importância, por sua prioridade frente às demandas municipais, também nos deixou perplexos com a notoriedade do ato. Alguns dos mais importantes nomes da política municipal, em sua maioria oposicionistas ao governador no último pleito eleitoral, estiveram presentes ao evento de magnânima importância à vida do cidadão maricaense, tietando um homem que deveria estar a serviço do povo, não com poder sobre ele.

Os órfãos de Anthony Garotinho e Lindbergh Farias, candidatos derrotados ainda no primeiro turno, estiveram ao lado de vossa excelência Pezão tirando fotos, fazendo pedidos, na tentativa de capitanear um espaço que não lhes pertence nem de fato, muito menos de direito. A situação e a oposição maricaenses tentando negociar uma rendição que lhes traga algum fruto. Lula fez o mesmo com Maluf em São Paulo.

O que realmente nos intriga são as coincidências nos planos de ação. Dizem-se contrários na corrida pelo poder, mas são tão parecidos em atitudes, até mesmo nas vestimentas, quanto univitelinos tentando se passar por estranhos frente a um público que não tolera mais nenhum tipo de hipocrisia ou conchavos.
Que a sede pelo poder corrói a honra, já não temos nenhuma dúvida. A dúvida fica por conta do quanto a subserviência permanente se curva diante do poder temporário.

Poder e subserviência, amor eterno.

ADILSON PEREIRA - Servidor Público Federal
 

Nota da redação:  A inauguração do retorno em Ponta Negra foi de grande importância para diminuir uma série de acidentes que já ceifaram inúmeras vidas além de já ter causando inúmeros prejuízos, mas está longe de ser uma obra prioritária, para tal festa que foi vivenciada na manhã do dia 18 de março, até porque, o retorno foi mal feito e o cruzamento não foi eliminado. Para quem sai de Ponta Negra, tudo bem, terá que ou seguir pela RJ 106 em direção à Saquarema subindo a serra, ou no mesmo trajeto, acessará cerca de um quilometro após a saída, o referido retorno, sem maiores problemas e com maior segurança.
Acontece que quem vem de Saquarema e quer acessar Ponta Negra, terá que parar e aguardar uma parada no fluxo de trânsito, CRUZANDO BURRAMENTE A RODOVIA. Uma economia BURRA E PORCA não proporcionou um outro retorno para dar segurança a quem quer RETORNAR (literalmente) ou acessar o vale da Figueira rumo à Ponta Negra. Tenham certeza, novos acidentes continuarão a acontecer, o "POVO" FOI COMEMORAR ISSO. 
"Povo" este não tão ligado ao verdadeiro e sofrido POVO, que não esteve na festa. Festa onde meninos espertos dos dois times (o de azul e o de vermelho), sabendo que o grande mestre viria à Maricá (e este veste azul), resolveram todos "torcer" pelo mesmo time, e se vestiram de AZUL. Tudo lindo e maravilhoso. Seria a demonstração da UNIÃO e ALEGRIA com o grande mestre.
Só que "sacaneando" à todos, o grande mestre veio de BRANCO, como quem diz: "Sai de mim Satanás, depois que me apedrejaram querem jogar no meu time ou querem minhas bençãos? 'Tô fora!!!'"
O recado foi dado, entendeu quem quis!