Dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra têm dito que uma eventual escolha da senadora reeleita Kátia Abreu (PMDB-TO) para ocupar a pasta da Agricultura no próximo governo de Dilma Rousseff não seria nenhuma surpresa.
Presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia é um dos principais nomes da bancada ruralista no Congresso e vista como grande adversária do movimento pela reforma agrária.
A ida de Kátia para a base aliada do governo – num movimento que a levou do DEM para o PSD até chegar, em 2013, ao PMDB – sempre foi vista pelo movimento como uma tentativa de se aproximar do comando das políticas da área.
Os mais otimistas dizem que a presença da senadora no Ministério poderia até mesmo fortalecer a mobilização pela demarcação de terras, uma vez que a rejeição de Kátia entre os movimentos sociais é maior do que a de outros ruralistas que vinham ocupando a pasta nos governos petistas anteriores, o que poderia estimular uma reação mais incisiva.
MST FAZ TRÊS DEPUTADOS FEDERAIS PELO PT
A partir de 2015, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra terá três deputados federais assentados pela reforma agrária no movimento no Congresso Nacional.
Foram reeleitos os deputados federais Valmir Assunção - foto - (PT-BA) e Dionilso Marcon (PT-RS), além do deputado estadual João Daniel (PT-SE), que disputou a vaga na Câmara dos Deputados pela primeira vez.
“Tenho certeza de que será um trio que fará a linha de frente contra a bancada ruralista e em defesa da reforma agrária popular”, comemorou Assunção.