terça-feira, 10 de setembro de 2013

BANCÁRIOS ENTRARÃO EM GREVE

Sindicato dos Bancários de Niterói convoca assembleia geral para esta quinta feira e pode definir greve
Categoria vai avaliar e deliberar sobre rejeição à contraproposta apresentada pelos bancos de 6,1% de reajuste e discutir greve por tempo indeterminado a partir do dia 19 de setembro
O presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região, Fabiano Júnior, convoca toda categoria para assembleia geral de campanha salarial a se realizar nesta quinta-feira, 12 de setembro, em primeira chamada às 18:30hs e em segunda chamada às 19:00hs, no prédio da futura sede do Sindicato que fica à Rua Evaristo da Veiga, 37 – Centro de Niterói (ao lado do Colégio Liceu Nilo Pecanha), para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:
1. Avaliação e deliberação sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela FENABAN na reunião de 05/09/2013, à minuta de reivindicações entregue em 01/08/2013;
2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 19/09/2013;
A participação de todos os bancários é importante para fortalecer a mobilização e pressionar os banqueiros a atender todas as reinvindicações constantes da pauta aprovada nacionalmente.
Na semana passada a Fenaban apresentou uma contraproposta ao Comando Nacional oferecendo um reajuste salarial de apenas 6,1%. De pronto, os sindicalistas que participavam da mesa de negociação rejeitaram a proposta.
Em outras quatro oportunidades os banqueiros recusaram toda a pauta de reivindicações da categoria em temas relacionados à saúde, segurança, condições de trabalho, assédio moral e remuneração.
A proposta da Fenaban
Reajuste - 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR - 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
As reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

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Willian Chaves
Assessoria de Comunicação