O decreto para a regulamentação da lei está sendo elaborado. “Pelos nossos cálculos, se fizermos os aportes pelo teto de 5%, em dez anos teremos um montante de mais de R$ 1,1 bilhão”, calcula Fabiano. O FSM será a garantia de que o recurso com a exploração dos royalties, que é finito, continue gerando riquezas para a cidade mesmo depois que a produção de petróleo entrar em declínio, fato ainda longe de acontecer. No momento Maricá vem sendo beneficiada com o aumento da exploração dos campos petrolíferos do pré-sal - a cidade tem 49% de confrontação do principal campo, Lula. “O Fundo Soberano deverá servir ainda para a manutenção das redes de proteção social criadas pela Prefeitura, como os programas de transferência direta de renda (Cartão Mumbuca), ou ainda o sistema de transporte público gratuito de Tarifa Zero (modelo implantado há três anos com os ônibus da Prefeitura, conhecidos como ‘Vermelhinhos’), entre outros setores estratégicos”, acrescenta o prefeito.
Segundo o secretário municipal de Orçamento, Planejamento e Gestão, Leonardo Alves, parte do FSM funcionará, ainda, como fundo garantidor para contratos de concessão administrativa ou patrocinada – como é o caso das Parcerias Público Privadas (PPP) e Público Públicas, em um teto máximo estabelecido pela lei de 30%. “Para que o município consiga trazer grandes parcerias com a iniciativa privada, além do serviço social que o fundo vai proteger, também servirá de garantia para que empresas invistam no município”, explica Leonardo, que calcula reunir em torno de R$ 300 milhões nessa rubrica.
Fundos desse tipo existem em todo o mundo, sendo que o da Noruega, também relativo à exploração petrolífera, é considerado o maior de todos, tendo ultrapassado a cifra de US$ 1 trilhão. No FSM, o projeto prevê várias formas de rentabilidade além dos depósitos propriamente ditos, como a da aplicação financeira, entre outros. “O objetivo com o fundo é no futuro fazer com que o seu rendimento garanta o custeio e parte dos investimentos do município”, completa Leonardo Alves.
Foto: LSM
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