Câmara autoriza prefeitura a contratar empréstimo com a Caixa Econômica Federal. Vereadores aprovam, acham tudo perfeito e apenas o vereador Netuno questiona o porque a Cidade Bilionária mesmo recebendo R$ 1 bilhão de royalties já no primeiro trimestre precisaria contrair 'empréstimo' com o banco federal!
Maricá estaria sem dinheiro para investimentos? O governo de Fabiano Horta gastou demais e deixou o caixa limpo?
Mesmo com os cortes feitos pelo prefeito Washington Siqueira (o Quaquá) desde o primeiro dia do seu terceiro governo com o objetivo de liberar recursos para obras algumas literalmente utópicas, a prefeitura de Maricá pediu autorização à Câmara de Vereadores na sessão da segunda feira 19 de maio, para contrair dois empréstimos com a CEF - Caixa Econômica Federal, nos valores de R$ 42 milhões e R$ 117 milhões.
Com muita discussão e com a tentativa do vereador Netuno de mostrar que o fato é um grande absurdo, em virtude do município estar recebendo normalmente os royalties do petróleo, os empréstimos foram aprovados em primeiro turno com o único voto contra do Vereador Ricardinho Netuno (nem mesmo o outro vereador de oposição votou contra).
Netuno questionou sobre as condições financeiras da prefeitura dizendo que até hoje não ficou claro como o atual governo recebeu o caixa (com ou sem recursos) e destacou a grande incoerência da prefeitura em abrir mão de R$ 300 milhões de royalties em favor do município de São Gonçalo enquanto quer pegar dinheiro emprestado com pagamento de juros.
A vereadora Rita Rocha (ex-presidente da SANEMAR) comentou que o município tem um déficit na questão do saneamento e que esse recurso será parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que viabilizará ampliação do esgotamento sanitário para a região de Itapeba, o que nada tem a ver com o empréstimo solicitado.
Ao assumir o terceiro mandato à frente de Maricá em janeiro de 2025, Quaquá se viu num cenário completamente diferente do seu primeiro mandato em 2009 quando teria recebido a cidade com dívidas até com empresa de luz e força, assumindo a prefeitura à luz de velas.
Em seu terceiro mandato, Siqueira recebeu a cidade supostamente com dinheiro em caixa, além do Fundo Soberano com quase R$ 2 bilhões, e uma expectativa de arrecadação superior a R$ 7 bilhões, sendo R$ 4 bilhões somente em royalties do petróleo.
O prefeito em seu terceiro mandato encontrou uma máquina inchada, devido a muitos favorecimentos e cabides para garantirem a eleição para terceiro mandato, um funcionalismo público acima do limite estabelecido de acordo com o MPRJ, que vem pressionando a prefeitura para equilibrar a quantidade de funcionários comissionados com concursados e promoveu cortes de benefícios que tiraram em uma única tacada cerca de R$ 12 milhões mensais da economia da cidade, prejudicando aproximadamente 20 mil beneficiários do PPT e quebrando uma série de pequenos comércios, reinaugurando a famosa RDE PASSO O PONTO que esteve sempre em destaque nos seus dois primeiros governos.
Apareceu recentemente com nova proposta de austeridade, com novos cortes em diversos setores, mas nas mudanças e DANÇAS DAS CADEIRAS que começará a promover, criará novas secretarias inchando mais ainda a máquina pública, favorecendo amigos e engessando vereadores.
Confira abaixo na integra a sessão da segunda feira 19/5 da Câmara dos Vereadores:
