Assédio moral com mãe e preconceito com deficiente - Escola Municipal Anísio Teixeira - Itaipuaçu - Maricá
Com este título, a mãe da jovem cadeirante Amanda (16), aluna da escola municipal Anísio Teixeira na avenida 2, no Jardim Atlântico Central, Sra. Zilma Godoi, enviou e-mail à secretaria de educação relatando o lamentável fato ocorrido na quinta feira 25/11 com ela e sua filha na entrada do horário escolar, às 7:15h. O jornal Barão de Inohan, foi o único veículo de Maricá que se indignou com o acontecido com a jovem adolescente e com sua mãe que foi expulsa da instituição de ensino pela adjunta da escola Sra. Alessandra (https://obaraoj.blogspot.com/2021/11/absurdo-crianca-com-deficiencia-e-mal.html).Até o momento, o jornal Barão de Inohan apesar de ter tentando contato pelo telefone da escola na tarde da sexta feira 26, e colocando o espaço que for necessário para que as partes mencionadas na matéria se pronunciem, não recebeu nenhum retorno.
O jornal A TRIBUNA de Niterói, após matéria do Barão de Inohan, entrou em contato com a Sra. Zilma Godoi e replicou a matéria. No corpo da matéria o jornal A TRIBUNA colocou uma nota da prefeitura de Maricá que diz:
"A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, esclarece que a aluna não foi impedida de entrar na Escola Municipal Anísio Teixeira, em Itaipuaçu. Acontece que, no momento mostrado no vídeo que circulou nas redes sociais, a escola ainda estava fechada e todos os alunos estavam do lado de fora aguardando a abertura do portão. Os funcionários estavam cumprindo sua rotina de abrir as salas e colocar a escola em ordem para receber todos os alunos que aguardavam, acompanhados de seus responsáveis, do lado de fora, como acontece todos os dias.
A Prefeitura lamenta o mal entendido e reafirma seu compromisso, cuidado e acolhimento às pessoas com deficiência. Importante destacar que a referida unidade escolar é adaptada para cadeirantes, com rampas de acesso aos banheiros e refeitório, e uma rampa móvel para as salas mais altas. Além disso, a sala da aluna fica no térreo, para facilitar o acesso.
Importante informar também que, assim que foi informada do ocorrido, a direção da escola convidou a mãe da aluna para uma reunião ainda na sexta-feira (26). Por questões pessoais, a mãe não pode comparecer e solicitou que fosse remarcada para segunda-feira (28), na escola, onde a direção da unidade irá recebê-la."
A reportagem do Barão de Inohan, mais uma vez entrou em contato com a Sra. Zilma que esclareceu ter recebido o seguinte convite da escola: "Bom dia, convocamos a responsável da aluna Amanda, senhora Zilma, para reunião na Secretaria de Educação com a Equipe de Inclusão , Direção e Orientação Educacional segunda- feira dia 29/11 às 14h". Porém, informou que por trabalhar no Rio de Janeiro e estar em período de auditoria, não pode se ausentar tão facilmente e informou que terá apenas o dia 03/12 pela manhã liberado (quando estará em Maricá) para poder ter esta reunião com a secretaria de educação. Informou ainda que não obteve retorno.
Abaixo, em inteiro teor devidamente autorizado, o e-mail da Sra. Zilma Godoi à secretária de educação de Maricá:
"Prezada Secretária:
Boa tarde!
Meu nome é Zilma, sou mãe da Amanda Godoi Toscano Dantas, portadora de necessidades especiais, 16 anos, estudante da Escola Municipal Anísio Teixeira (próx. a Av. 2 - Itaipuaçú).
Gostaria de pedir a sua ajuda com relação ao corpo discente da escola (Diretora e diretora Adjunta), em especial ao ocorrido desde a volta as aulas após a pandemia.
Minha filha, como descrevi, possui necessidades especiais que determinam alguns cuidados, que não estão sendo atendidos pela escola. Entre eles falta de acompanhamento escolar durante toda a pandemia, o que acarretou no retrocesso pedagógico da Amanda. Por várias vezes fui pessoalmente à escola, e na impossibilidade, liguei solicitando que Amanda tivesse uma monitora que a acompanhasse exclusivamente durante a pandemia, o que foi negado pela escola dizendo que a Secretaria de Educação não tinha disponibilizado tal profissional. Amanda ficou todo o ano de 2020 (início da pandemia até o fim do ano) sem uma monitora. O argumento é que era difícil fazer chamadas de vídeo com ela, o que concordei, porque trabalho o dia todo e meus filhos, irmãos da Amanda estudam e trabalham, impossibilitando-os de fazer o acompanhamento, sem contar que não tinham preparo para ajudá-la. Coloquei à disposição minha casa para que a mesma pudesse receber uma profissional que a auxiliasse, sem sucesso.
Desde então, mesmo com a volta das aulas híbridas, tenho percebido o descaso, não só com minha filha, mas com todos os deficientes da escola. Não fazem questão que a mesma vá às atividades extra-classe, excluindo-a de passeios, visitas, feiras, etc. Para a Feira do Livro tive que me rastejar para professores e orientadoras, que compadecidas, levaram a Amanda, depois de muito custo, pois ela ia ficar de fora alegando que a turma da Amanda iria à Feira no sábado e não tinha quem a acompanhasse, sugerindo inclusive que eu fizesse esse acompanhamento. Amanda tem desde agosto/21 uma monitora, que é muito querida e solícita, mas ficou 1 ano e meio sem monitora, e quando eu questionava era avisada que a Prefeitura não ia colocar monitores tão cedo e que a gente reclamasse na Secretaria de Educação.
Amanda não anda e necessita do auxílio de cadeira de rodas para acessar o colégio. Assim, para segurança dela, sempre solicitei que a mesma entrasse de 5 a 10 minutos antes do horário normal de abertura dos portões da escola, evitando confusão com a aglomeração de alunos que se amontoam em frente ao portão com bicicletas. Funcionário e pais estacionam os seus veículos no único acesso com rampa à entrada da escola. Mais de 100 alunos aglomerados gerando um risco à Amanda que pudesse fazer com que caia no chão e se machuque, Eu também trabalho longe, a 60 km da escola (Ilha do Governador) e tento chegar a tempo de não me prejudicar no meu trabalho. Trabalho está difícil, sou viúva, não recebo pensão e sustento sozinho com meu suor os meus 04 filhos, entre eles a Amanda. Assim, lá em 2019 solicitei a Diretora que me permitisse entrar com Amanda às 07:05h/07:10h evitando transtornos e assegurando a segurança da PCD Amanda. Até porque os filhos dos funcionários que estudam na escola adentram até antes das 7h, horário que seus pais chegam para trabalhar no colégio. Sem problemas: entravam eles, filhos dos funcionários, entrava a Amanda. Ela ficava ao lado da portaria pelo lado de dentro e eu seguia tranquila para o meu sustento. Ocorre que com a volta das aulas híbridas, fui comunicada pela Diretora que a escola estava lotada e que a turma dela teria que fazer semana sim, semana não. Ok. Concordei. E aguardei ser chamada para Amanda retornar as aulas. Ela foi a última a retornar! Na semana retrasada, semana sim da Amanda, houve o primeiro episódio de recusa em deixar a Amanda entrar na escola no horário combinado (7:05/07:10h). Ok. Fiquei do lado de fora, e minutos depois, volta o porteiro dizendo que poderia entrar. Na segunda-feira passada, dia 22/11 mais uma vez barrada, e minutos depois liberaram.
Ontem foi o dia derradeiro e motivo pelo qual tomei a decisão de procurar a Secretaria de Educação: cheguei as 7:05h e me posicionei, ainda sem muitos alunos, com Amanda no portão do lado de fora aguardando o porteiro abrir as 10 minutos antes, mas fui avisada por ele que não poderia entrar porque a Diretora não tinha autorizado. Busquei pela grade do portão, pelo lado de fora, uma funcionária que estava dentro da sala dos Diretores, que identificou-se, depois de muito ignorar-me, como uma prepotência absurda, como Alessandra, que me disse que não tinha nada combinado com Renata e que era, grosseiramente, para eu aguardar.
Esperei o portão abrir as 7:15h, o que não ocorreu. Vi que estavam fazendo de propósito, segurando todos os alunos do lado de fora, e que vários funcionários, como inspetores, não tinham ido trabalhar. Abri o portão por conta própria, pois já eram 7:18h posicionei Amanda do lado de dentro e fui procurar a tal da Alessandra que me ignorou querendo saber o por quê tinham por vezes me barrado e impedido o acesso 5 minutos antes para segurança da Amanda, sendo que os filhos dos funcionários entram antes desse horário (filhos de funcionários estão chegando antes da 7h) e que eu já tinha alinhado em anos anteriores essa entrada antecipada para segurança da mesma. Essa tal de Alessandra, de uma ignorância absurda, sem classe e aos berros me disse que se eu quisesse falar com ela que tinha que agendar horário e que se eu tivesse alguma reclamação que fizesse na Secretaria de Educação, empurrou a porta na minha cara e me botou para fora da sala dizendo que tinha mais de 15 anos de ensino e que, com a prepotência de uma rainha, de que era a Diretora Adjunta e que eu tomasse minhas providências. Perguntei como era o nome e sobrenme dela todo e ela disse: "vai lá na secretaria de educação perguntar!". Ainda, disse que tinha feito muito em colocar uma rampa de acesso na sala da Amanda (como se acessibilidade fosse uma obrigação. Essa rampa foi colocada somente na semana retrasada).
Saí de lá arrasada e jurei que a Amanda jamais pisaria nessa escola. As mães, professores e alguns alunos, que estavam no lado de fora ouviram tudo e se compadeceram. Me acolheram e explicaram que esta situação de grosseria e assédio por parte das Diretoras é comum, que a Diretora é inacessível e que quando chama para conversar começa a gritar com a mães e pais. Nunca tive problemas lá! Sempre fomos bem atendidas. Mas este anos a situação piorou e muito! Alunos estão sendo tratados como cachorros. Outro dia um aluno derrubou um biscoito no chã e uma fucnioária mandou ele ajuntar gritando com ele e dando uma pá e uma vassoura para ele limpar, constrangendo-o mediante todos os coleguinhas. Um absurdo e falta de preparo total!!!
Continuando...liguei para o celular da Diretora principal logo depois deste episódio (ela nunca está lá de no horário da entrada) e coloquei toda a situação, mas em vão. A mesma defendeu com "unhas e dentes" a estúpida da Alessandra e disse que nada tinha sido combinado com relação ao acesso da Amanda 5/10 minutos antes da abertura dos portões. Isso foi combinado desde 2019 e só agora "descombinaram"? Deu-me impressão que este tipo de postura de arrogância, desrespeito e grosseria é comum. Mandou que eu marcasse um dia para ir à escola reclamar formalmente porque "nenhuma mãe nunca tinha reclamado".
Faço saber que não sou a única mãe que sofreu esse assédio moral na escola. Todas tentam falar com a Diretora, saber assuntos do cronograma da escola, entrega de itens escolares, boletins, etc.. e a Diretora só berra e manda os funcionários fazer o mesmo. Nós somos recebidas aos berros, sem tentativa de conversa. Essa atitude parece ser comum lá. E esta Alessandra é de uma arrogância e despreparo absurdo, se assemelhando a Diretora de Presídio pelo modo como lidam com alunos e professores (carcereiro trata os detentos assim!). Vários deles (funcionários gabaritados) me relataram por mensagem privada, após episódio de ontem, que estão com depressão e "apresentando atestado" para não ter que encarar a Diretora, pois "não a aguentam mais". Reclamações são represadas na própria escola. Banheiros imundos (o banheiro dos deficientes é imundo porque é utilizado pelo professores e funcionários que evitam os banheiros acessados por alunos. Olha que absurdo!), profissionais grosseiros, insatisfeitos e mal educados. O telefone da Secretaria de Educação que deveria estar exposto no mural foi coberto com outro comunicado para que a gente não possa ter acesso às reclamações.
Ontem, depois do ocorrido, recebi vários telefonemas arbitrários da escola tentando me intimidar impondo que eu comparecesse imediatamente lá para falar com a orientadora educacional e Diretora (na mensagem de áudio solicitam que eu compareça na segunda dia 29/11 às 8h). Hoje recebi outro zap da escola, seguem os dizeres: "Bom dia, convocamos a responsável pela aluna Amanda, senhora Zilma, para reunião na Secretaria de Educação, com equipe de inclusão, direção e orientação educacional, segunda-feira, dia 29/11 as 14h".
Como sabe cara Secretária, sou trabalhadora assalariada no Rio de Janeiro e não posso faltar serviço. Não posso comparecer em horário arbitrário, pois tenho que ter substituição no trabalho para poder me ausentar. Trabalho com emergência, serviço de amparo ao trabalho ao trabalhador. Informei isso pelas duas vezes e propus nova data (em a presença da Diretora e orientadora), porque não quero interferência delas e eu mesma quero fazer este relato. Estou com o psicológico abalado, minha filha traumatizada, mães/pais estarrecidos e alunos não querendo mais comparecer à escola. Fui orientada juridicamente de que a Amanda está sofrendo preconceito por ser deficiente e eu assédio moral.
Coloco-me à disposição para comparecer nesta unidade (SME) mas só a partir do dia 03/12 e depois consigo no dia 13/12.
Pedimos sua atenção e que, compadecidos da nossa situação de mães, tomem uma ação contra esta gestão absurda da escola, que está deixando todos doentes, sendo ignorados e maltratados, com preconceitos infundados.
Zilma Maria Lemos Godoi Dantas - mãe de Amanda Godoi Toscano Dantas - turma: 812 - Escola Municipal Anísio Teixeira - Itaipuaçú - Maricá/RJ
Segue o link da matéria que já foi aos jornais tamanha a repercussão:
https://obaraoj.blogspot.com/2021/11/absurdo-crianca-com-deficiencia-e-mal.html
Aguardamos a senhora".
Após o envio deste e-mail, a Sra. Zilma recebeu a seguinte resposta da secretaria de educação:
E como já havia deixado claro à direção da escola, não poderia nenhum dia por questões de auditoria no seu trabalho realizado na cidade do Rio de Janeiro a exceção do dia 03 pela manhã, visto que neste dia à tarde terá uma audiência no Fórum de Maricá em função de um acidente com o filho dela, quando então enviou um e-mail fazendo a solicitação:
Segundo Zilma Godoi, até o fechamento desta matéria às 15:30 h do sábado dia 27/11, não havia recebido nenhum retorno de confirmação do horário solicitado.
O jornal Barão de Inohan, após matéria publicada na sexta feira dia 26, intitulada "ABSURDO: CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA É MAL TRATADA E MÃE EXPULSA EM ESCOLA DE ITAIPUAÇU (vídeo)" (https://obaraoj.blogspot.com/2021/11/absurdo-crianca-com-deficiencia-e-mal.html), tem recebido o apoio de inúmeras pessoas e várias outras denúncias de maus tratos pela diretora e a adjunta da escola Anísio Teixeira, à alunos, pais, professores e funcionários, que intimidados em sua maioria não querem se pronunciar. Nos informado inclusive que existe um grupo de mães de alunos da escola justamente para discutirem estes abusos, que será motivo e outra matéria do jornal Barão de Inohan.
O jornal Barão de Inohan está entrando FIRME na luta para ACABAR com os maus tratos e problemas que acontecem nessa instituição de ensino de Maricá, uma vez que, primeiro, não é cara do ensino maricaense e muito menos, a cara da secretária de educação, Professora Adriana Costa que sempre lutou pelos seus funcionários, mas antes disso, pelos seus alunos e referidos pais e responsáveis.
DESDE JÁ, O JORNAL BARÃO DE INOHAN DISPONIBILIZA O ESPAÇO NECESSÁRIO PARA QUE AS PROFISSIONAIS MENCIONADAS SE EXPLIQUEM SOBRE OS PROBLEMAS MENCIONADOS NAS DUAS MATÉRIAS.