quarta-feira, 21 de maio de 2025

EXCLUSIVO: DTA DESMENTE QUE PORTO CRIARÁ 13 MIL EMPREGOS. CERCA DE 4% PODERÃO SER CRIADOS EFETIVAMENTE

 


A DTA, empresa que supostamente construirá o Porto de Jaconé, que a Petrobrás já informou não ser do seu interesse usar ou explorar, uma vez que optou pela ampliação do porto de TBIG (Terminal da Baia de Ilha Grande), na região de Angra dos Reis, ampliação essa inclusive já realizada e já em operação, está realizando nova rodada de reuniões com associações de moradores e afins da região para esclarecer e desmistificar algumas informações inverídicas inclusive da prefeitura de Maricá, que desde 2011 vem afirmando que o Porto criará cerca de 13 mil empregos (sempre o 'emblemático' número 13).

O jornal Barão de Inohan em conversas com a presidente do CCS Maricá (Conselho de Segurança de Maricá) está se mobilizando para que juntos, tragam uma destas reuniões para o centro de Maricá, possivelmente na sede da ACM (Associação Comercial de Maricá). 

Uma dessas reuniões aconteceu na AMAJJ (Associação de Moradores e Amigos do Jardim Jaconé) na noite da terça feira 20 de maio. Uma pessoa que participou da reunião, enviou as informações abaixo (pedindo para permanecer em anonimato) deixando claro que os dirigentes da DTA disseram que os empregos gerados na operação do porto não passarão de 300 (trezentas) e até mesmo na construção do porto, o tal grande contingente de mão de obra, não será o informado pela prefeitura e até mesmo os investimentos de infraestrutura (inclusive viária), ficarão bem aquém dos anteriormente informados.

A reunião foi bem esclarecedora.

Reproduzimos abaixo as informações recebidas da reunião de 20 de maio na AMAJJ: 

"A DTA disse que as operações do porto serão restritas à carga de navios petroleiros: o navio de grande (super petroleiro) porte chega ao porto para receber petróleo de outros navios menores (devido ao calado - grande profundidade do local que chega à 30 metros), e quando estiver cheio segue seu destino. A capacidade do terminal portuário será para 3 navios grandes somente.

Não haverá carga, descarga e trânsito de contêineres, o que não vai demandar estrutura rodoviária maior. 

O trabalho nos navios será essencialmente realizado pelos próprios tripulantes, dispensando a necessidade de grande mão de obra do terminal portuário. Ou seja, não haverá aquele número grande de empregos que andaram divulgando por aí.

As obras serão iniciadas com a feitura do quebra-mar, que terá formato de "L", o que vai influenciar as ondas de parte da costa. Durante as obras será necessária a contratação de mão de obra, que chegará no máximo a 300 funcionários. Esses 300 são o pico da demanda, ou seja, as obras começarão com poucos, terão seu pico de aproximadamente 300, decrescendo conforme for avançando. As obras para construção do quebra-mar terão um tempo estimado de 3 anos.

As pedras para construção do quebra-mar sairão de uma pedreira instalada na própria propriedade da DTA, ou seja, estarão próximas.

Outras reuniões ocorrerão para mais esclarecimentos".

Portanto, dos tais 13 mil empregos, apenas cerca de 4% segundo novas informações da DTA (300 no pico de demanda) serão criados e para a movimentação do porto, igual número deverá ser criado, sendo que como informado acima, as operações mais complexas ficarão à cargo dos próprios tripulantes dos petroleiros e do super petroleiro.

Os negritos da informação acima são da redação do jornal Barão de Inohan para melhor esclarecimento do leitor.

Experiência na construção de um porto

Outro participante desta reunião (que também pediu para não ser identificado), enviou sua experiência própria ao participar da construção do Porto de Açu, em São João da Barra, bastante próximo do Porto de Jaconé.

"Vou expor a experiência que tive com a construção do Porto do Açu, em São João da Barra. No início, no trabalho pesado, empregou muuuita gente na região. A ponto de faltar pedreiro para se fazer uma obra em casa, porque todos estavam trabalhando com carteira assinada. Com o avançar da construção, o trabalho foi diminuindo e demissões ocorreram.

Hoje, com o Porto em funcionamento, são poucos os moradores da região trabalhando na parte operacional. Motivo: falta de capacitação da mão de obra local.

Resumindo: é preciso que o poder público invista em cursos para capacitar os trabalhadores da região para absorver as oportunidades, senão, a mão de obra virá de fora. Macaé faz assim. Oferece, gratuitamente, cursos específicos para moradores da cidade, para atender a demanda das empresas offshore. Desse jeito, garante emprego e renda para os munícipes. Campos, Quissamã e outras cidades próximas copiaram a ideia. É isso".

QUE COMECEM A FALAR A VERDADEIRA VERDADE!!!