A jornalista da TV Bahia estava recebendo atendimento médico há cerca de um mês, com problemas que começaram após uma virose contraída no Carnaval e faleceu durante cirurgia.
A jornalista e apresentadora Wanda Chase morreu durante a realização de uma cirurgia de aneurisma da aorta, no Hospital Tereza de Liseux, em Salvador, na quarta-feira (02/4).
Ícone do jornalismo baiano, ela tinha 74 anos e era conhecida por fazer parte do movimento negro do Nordeste.
A jornalista estava recebendo atendimento médico há cerca de um mês, com problemas que começaram após uma virose contraída no Carnaval.
O enterro que aconteceu na sexta feira dia 04 de acordo com a TV Bahia, afiliada da Globo, onde trabalhou por 27 anos foi cercado de homenagens de amigos e colegas de trabalho.
Nascida no Amazonas, Wanda Chase se mudou para a Bahia em 1991 e trabalhou por 27 anos na TV Bahia, onde se consolidou como comunicadora e ativista do movimento negro.
Wanda construiu uma carreira exemplar no jornalismo, passando por outros importantes veículos de comunicação, como o Jornal A Crítica, Rede Manchete, TV Cabo Branco e Rede Globo Nordeste. Também foi assessora de imprensa da banda Olodum.
Wanda Chase é homenageada com Título de Cidadã Baiana na Assembleia Legislativa do estado
A jornalista e apresentadora Wanda Chase foi homenageada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) na segunda-feira (07/4), durante uma sessão especial realizada na sede da Casa, em Salvador. Na cerimônia, a família da comunicadora recebeu o Título de Cidadã Baiana.
Wanda receberia a honraria em 13 de março deste ano, logo após o Carnaval, mas cancelou a solenidade após contrair uma virose na cobertura da festa.
Na ocasião, o reconhecimento foi instituído, mas ela não pegou o título que foi entregue na sessão de 07 de abril.
A jornalista morreu pouco menos de um mês depois, na quinta-feira (03/4), após passar por uma cirurgia de aneurisma dissecante da aorta. O velório e cremação aconteceram no dia seguinte, sob forte comoção.
A mesa da sessão desta segunda-feira foi composta por oito pessoas, que representaram a Câmara, o Governo do Estado, jornalistas, a cultura baiana, e também familiares e amigos de Wanda.
O evento começou durante a tarde e seguiu até o início da noite. Logo na abertura da sessão, o hino nacional foi apresentado, seguido da fala da presidente da Alba, Ivana Bastos (PSD), que lembrou a trajetória de Wanda Chase.
Em homenagem à amiga, Tonho Matéria cantou a música "Evangelização", canção favorita da jornalista, que já havia recebido, em 2002, o Título de Cidadã Soteropolitana, concedido pela Câmara Municipal de Salvador.
Por fim, o título foi entregue para os irmãos de Wanda, que viajaram do Amazonas, terra natal dela, para prestar as últimas homenagens à jornalista. A titulação foi entregue ao som de "Toda Menina Baiana", sucesso de Gilberto Gil.
O corpo de Wanda Chase foi velado e cremado, na sexta-feira (4), sob forte comoção, no Cemitério Campo Santo, em Salvador. A despedida reuniu familiares, amigos e pessoas que admiravam o trabalho dela.
Após o velório, as bandas Olodum e Didá e o bloco afro Ilê Aiyê fizeram um cortejo com tambores para a passagem do caixão de Wanda antes da cremação, que foi restrita à família.
Entre os presentes na despedida estava o cantor, compositor e multiinstrumentista Carlinhos Brown. Grande amigo de Wanda, ele destacou o legado que ela deixa para o movimento negro e para a comunicação.
A jornalista também foi homenageada pela cantora Claudia Leitte, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), o jornalista Casemiro Neto e instituições baianas, que enviaram coroas de flores.
Wanda Chase se mudou para a Bahia em 1991 e trabalhou por 27 anos na TV Bahia, onde se consolidou como comunicadora e ativista do movimento negro.
Ela também trabalhou em veículos de comunicação como Rede Manchete, TV Cabo Branco e Rede Globo Nordeste. Também foi assessora de imprensa da banda Olodum. Por meio de nota, o grupo lamentou a morte da jornalista.
Após a aposentadoria, Wanda Chase se tornou colunista do portal iBahia e participou de um projeto de podcast. Neste ano, ela trabalhou na cobertura do carnaval para um veículo de comunicação.
Com 45 prêmios acumulados ao longo de mais de três décadas de atuação, a jornalista também é reconhecida por ter dado visibilidade à cultura baiana, especialmente às manifestações ligadas à cultura negra.
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) emitiu nota de pesar e destacou a importância de Wanda Chase para a cultura no estado.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, foi uma das autoridades que lamentou a morte de Wanda Chase.