Cuba cancela marcha de 1º de maio por escassez de combustível
A comitiva de Maricá tendo a frente o prefeito Fabiano Horta em companhia da primeira dama Rosana Horta, de secretários de algumas pastas e de quatro vereadores que viajaram para Cuba com o propósito de participar da FITCUBA 2023 - Feira de Turismo de Cuba que acontece na capital Havana, encontraram um país imerso em caos em vários setores.
TRADICIONAL DESFILE DE 1º DE MAIO CANCELADO PELA PRIMEIRA VEZ
O regime cubano decidiu cancelar o tradicional desfile do 1.º de Maio em Havana, promovido durante décadas como a maior demonstração de apoio popular à revolução cubana de 1959. O cancelamento foi por conta da grave crise que o país vem enfrentando com a escassez de combustíveis na ilha.
A marcha costuma ser um evento grande em Havana, que envolve uma mobilização de ônibus cheios de gente de toda a cidade em direção à emblemática Praça de Revolução, o ponto mais alto e central da capital da ilha.
Segundo o jornal espanhol El País, o evento foi cancelado depois de protestos nas redes sociais, com parte da população a criticar os gastos num país onde a venda de gasolina já começou a ser racionada, e onde as pessoas têm de permanecer durante dias em filas nos postos de combustível.
Ao jornal espanhol, o ditador cubano Miguel Díaz-Canel, disse que a ilha está recebendo apenas dois terços da gasolina que o país precisa para abastecer seus automóveis e caminhões. O regime alega que a escassez tem origem no descumprimento de acordos comerciais por parte de outros países. “Uma situação energética complexa”, disse Díaz-Canel.
VENEZUELA NÃO RESPEITA ACORDO COM CUBA
A explicação da quebra nas exportações dos fornecedores é vista como uma referência indireta à Venezuela. O país sul-americano diminuiu drasticamente a exportação de petróleo para a ilha – um acordo do início dos anos 2000 garante a entrega em troca de médicos e professores cubanos. De acordo com o jornal inglês The Guardian, as exportações da Venezuela para Cuba caíram cerca de 50% na última década.
PAÍS IMERSO EM GRAVE CRISE
A grave crise que o país está atravessando ocorre devido a uma combinação das consequências da pandemia de covid-19, o endurecimento das sanções dos Estados Unidos e erros na política econômica e monetária interna. A crise em Cuba é evidenciada pela escassez de produtos básicos — como alimentos, medicamentos e combustível —, pela inflação desenfreada, apagões frequentes e migração sem precedentes.
Mas tudo isso não pareceu ter abalado a comitiva maricaense que aproveitou os sete dias de viagem e ainda conseguiu combustível suficiente para alguns passeios pela cidade.
Esperamos que possam trazer novidades no setor turístico (afinal, foram lá para isso), pois do resto, nenhum exemplo pode ser considerado bom ou proveitoso para Maricá e para o Brasil num todo.
DEPUTADO FEDERAL EM CUBA
Quem também esteve por lá foi o deputado federal Washington Siqueira (o Quaquá) e esposa - que formou uma comitiva do congresso nacional para o mesmo fim.
Eles aproveitaram e pegaram uma carona com o amigo e ator José de Abreu que está fazendo um filme em Cuba, chamado "Dois Gardênias"
PRIMEIRA DAMA LAMENTA NÃO TER PARTICIPADO DA FESTA O 1º DE MAIO DE EM MARICÁ, MAS PARABENIZA TRABALHADORES
Em virtude da viagem à Cuba, a primeira dama pela primeira vez não esteve presente nas festas do dia do trabalhador, mas de Havana, pela sua rede social parabenizou à todos: "Sempre estive presente nesse dia de suma importância para todos os trabalhadores da minha amada Maricá, esse ano esta sendo diferente por motivos de agenda do marido. Mesmo a distância, sintam-se abraçados e saibam que toda profissão é grande, quando exercida com honestidade e dedicação.
Parabéns a todos os Trabalhadores e principalmente as Trabalhadoras com dupla jornada"
Segundo o JOM (Jornal Oficial de Maricá), cada diária dos participantes ficou em torno de R$ 23 mil.
