Entrega, disciplina, paixão, solidariedade: jogadores marroquinos fizeram a melhor campanha de uma seleção da África
Marrocos fez história com sua seleção na Copa do Mundo. O quarto lugar no Mundial do Catar foi a melhor participação de uma equipe da África nas Copas desde 1930. A garra dos jogadores e a dedicação comoveram o mundo. Marrocos só não conseguiu passar pela França, atual campeã do mundo, e pela Croácia, atual vice-campeã. Os jogadores, técnicos e dirigentes estão de parabéns. Deixaram uma porção de lição para o mundo - e para o Brasil.
1) Tem que ser solidário
Um corre pelo outro. Todos os 26 jogadores são importantes. Ninguém é a estrela do time, então o sucesso de um garante o sucesso do outro.
2) Tem que ter goleiro
Copa do Mundo não tem jeito: time que não tiver um goleiro que faça a diferença, não vai longe. O goleiro Bounou foi um dos grandes nomes desta Copa. Fez defesas impossíveis e pegou pênaltis. Nas competições atuais, em algum momento o time vai precisar decidir um jogo nos pênaltis. E precisa ter um goleiro pegador dessas cobranças.
3) Tem que ter torcida
Não basta ter algumas centenas de endinheirados que conseguem pagar para assistir a Copa do Mundo no local. A seleção tem que saber mobilizar a torcida do seu país em torno do time. É preciso haver identificação com os jogadores e suas causas. Marrocos tem 14 dos 26 atletas que são filhos de imigrantes, podiam jogar pela Espanha ou pela França, mas escolheram defender a seleção do país de seus pais. Isso faz muita diferença. O Brasil precisa urgentemente resgatar essa proximidade do torcedor com a Seleção.
4) Tem que ter disciplina
Nos jogos grandes, mesmo depois de sofrer gols da França ou da Croácia, a seleção de Marrocos não se perdeu em campo, Manteve a disciplina tática e soube reagir. Por muito pouco o time não consegue empatar diante dos franceses. Quando sofreu um gol da Croácia, empatou logo em seguida. Nas oitavas, contra Portugal, fez o gol e soube defender o resultado. A entrega é o tempo todo, sem dar brechas para vacilos.
5) Tem que ter paixão
O técnico de Marrocos assumiu o comando da seleção faltando três meses para o início da Copa. Não teve os seis anos que Tite teve para montar seu time perfeito. Walid Regragui fez o simples e os jogadores compraram a sua ideia do futebol solidário. E jogaram com paixão. Sai todo mundo valorizado desta Copa e com aspirações de chegar em 2026 com muita moral que outras seleções já não tem mais.
ACORDA BRASIL!
ACORDEM BRASILEIROS!