Personal pensou que sua mulher estava sendo estuprada. Mulher disse em depoimento que permitiu o ato sexual. Vítima da agressão foi parar no hospital.
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso de espancamento contra uma pessoa em situação de rua em Planaltina. O autor das agressões é um personal trainer que flagrou a esposa tendo relação sexual com a vítima. O caso aconteceu na quarta-feira (09/3), no bairro Jardim Roriz.
O ataque de fúria do personal foi flagrado por câmeras de segurança. Um vídeo foi divulgado na internet e mostra o morador de rua saindo sem roupas de dentro do carro, onde estava com a esposa do personal, e sendo espancado.
O caso foi registrado na delegacia de Planaltina, a 16ª DP. Em sua defesa, o personal alegou que pensava que a esposa estava sendo vítima de abuso sexual. Segundo ele, a mulher saiu de casa acompanhada da mãe para ajudar uma pessoa. Logo depois, ele diz que as duas se separaram, e a esposa acabou sumindo. O profissional de educação física diz que ficou preocupado com a segurança da mulher e saiu para procurá-la. Foi quando encontrou o veículo da mulher e flagrou a esposa e o homem mantendo relações sexuais dentro do carro.
A mulher contou à polícia que o relacionamento foi consentido por ela e que não houve abusos. O morador de rua foi atendido em um hospital local. Por meio de nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que as investigações estão sob sigilo.
Em depoimento, mulher diz que a relação foi consensual
Versão de Eduardo
Na delegacia, o personal alegou que pensava que a sua esposa estava sendo vítima de um abuso sexual. Segundo Eduardo, a esposa saiu com a sogra para ajudar pessoas em situação de rua. No entanto, elas se separaram, e ele não recebeu mais noticias de sua esposa.
Logo depois, ele começou a procurá-la. Foi aí que Eduardo encontrou o carro de sua esposa e flagrou os dois juntos.
Relação consensual?
Em áudio gravado do depoimento, que também viralizou na quarta-feira (16/3), a esposa de Eduardo citou que viu o homem em situação de rua como se fosse o seu marido e, por isso, consentiu a relação. "Era o meu propósito", contou, dizendo que chamou o morador de rua e o levou para dentro do seu carro.
Primeiramente, o homem teria pedido doações para a mulher e um abraço. Depois, segundo o relato da mulher de Eduardo, ela e o morador de rua foram caminhar, e o homem fez carinho no pé dela. Os dois combinaram de se encontrar na rodoviária da cidade e foram para dentro do carro.
"Eu enxergava ele como Eduardo, e eu queria aquilo. Às vezes, enxergava ele como Deus e, às vezes, como Eduardo. Eu estava com o coração aflito e inquieto. Eu estava deixando minhas emoções me confundirem porque a minha sogra plantou a semente. Todas as coisas que ele falava estava fazendo sentido alinhado com tudo que eu estava enxergando. Ele me pediu um beijo e eu o beijei na frente da minha sogra", disse a mulher à polícia.
A mãe de Eduardo, segundo o depoimento da mulher, ainda contou que ficou com medo porque Eduardo poderia matar o homem.
Versão da vítima
Também em depoimento, o homem informou que a mulher o encontrou próximo à escola paroquial de Planaltina. De acordo com ele, a mulher pediu para que se aproximasse. Ele teria sido convencido a entrar dentro do carro. Enquanto estava pelado, a vítima relatou que Eduardo invadiu o veículo, o que originou a briga.
A pessoa em situação de rua ainda teria dito que não conhecia a mulher.
As investigações continuam em andamento pela Delegacia de Planaltina. No dia do ocorrido, os três envolvidos foram ouvidos e liberados. A polícia ainda não deu informações sobre o caso, alegando que ele está sob sigilo.
