A Uber está sendo acusada de excluir mais de 15 mil motoristas de aplicativos da plataforma. Segundo a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), o motivo apontado seria o excesso de cancelamentos de viagens. Segundo informações, condutores passaram a selecionar corridas, principalmente, em virtude do aumento do preço do combustível.
Segundo a Amasp, a quantidade de motoristas punidos equivale a 1% de toda a base de motoristas do país. Ainda, a associação indica que cerca de 25% da frota de motoristas de São Paulo desistiu de trabalhar no segmento. Por conta da frota reduzida, o tempo de espera dos passageiros aumentou.
“Foi uma exclusão sumária, o que deixou os motoristas em situação complicada. Nos termos de uso da plataforma, não há proibição à prática do cancelamento ”, declara Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.
Segundo informações, ao retirar um motorista da plataforma, a Uber envia uma mensagem dentro da plataforma e restringe o acesso para novas corridas. Alegando violação do Código da Comunidade Uber, a conta é “desativada permanentemente”. Em nota enviada aos motoristas, a empresa disse que cancelamentos excessivos prejudicam a plataforma. “Na Uber, o cancelamento de viagens é um direito tanto do motorista quanto do usuário. Porém, o abuso desse recurso configura mau uso da plataforma, pois prejudica intencionalmente o seu funcionamento”, diz o comunicado.
A empresa de viagens por aplicativo ainda declara que não "excluiu mais de 15 mil motoristas". Segundo ela, os parceiros penalizados representam uma minoria, cerca de 0,16% do total. "A Uber tem equipes e tecnologias próprias que revisam constantemente as viagens e os cancelamentos para identificar suspeitas de violação ao Código da Comunidade e, caso sejam comprovadas, banir as contas envolvidas", declarou em nota.