terça-feira, 23 de março de 2021

Maricá tem ocupação recorde de 92% em leitos de UTI para Covid-19 e adota novas medidas restritivas

ERA TUDO MENTIRA?


 O jornal Barão de Inohan publicou recentemente duas matérias mostrando a desconfiança nos números apresentados pelas secretarias de saúde e de comunicação de Maricá, em relação a ocupação dos leitos para os pacientes de Covid-19 no município, onde no boletim de 10 de março a secretaria de saúde informava que nos dois hospitais municipais, apenas 29% dos leitos estavam ocupados (
https://obaraoj.blogspot.com/2021/03/com-apenas-25-dos-leitos-de-covid.html). Já no boletim de 17 de março, estes números já apresentavam aumento para 40,8%, mas ainda assim, mostrava (falsamente) que Maricá era um paraíso em meio ao CAOS da Covid em todo o estado do Rio e ao Brasil, onde dificilmente encontramos hoje locais com menos de 85% dos leitos ocupados e em muitos locais, o colapso já existe e muitos já morrem na fila de espera por um leito (https://baraojornal.blogspot.com/2021/03/confirmado-com-apenas-41-dos-leitos.html).

No domingo (21), todas as UTIs estavam lotadas. Estas são as piores taxas de ocupação de leitos desde o início da pandemia no município, porém, no boletim extraordinário de 22/3 (visto que agora os boletins são semanais e são colocados no ar as quartas feiras), a secretaria de saúde informa ser realmente o pior quadro da pandemia em Maricá, mas em momento nenhum informa o percentual de leitos ocupados por pacientes da Covid. Por que a omissão?

Em matéria do G1, 92% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estão ocupados, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro atualizados nesta segunda-feira (22).

O município tem, no total, 48 UTIs. Destes, 44 estão ocupados, restando apenas 4 leitos disponíveis para os casos graves.

Nos leitos de enfermaria, a taxa também está em 92%. Entre os 38 leitos, 35 estão ocupados.

No domingo (21/3), a ocupação chegou a 100% nos leitos de UTI. A taxa nos leitos de enfermaria era de 89%. Atualmente a cidade está no pior quadro de ocupação de leitos desde o início da pandemia.

Os pacientes ficam nos hospitais Conde Modesto Leal e no novo hospital municipal em São José do Imbassaí (com nome de genocida ao qual nos recusamos a publicar), inaugurado no início da pandemia e transformado em uma unidade referência de internações de pacientes com Covid-19.

Na semana passada, Cabo Frio e Maricá assinaram um acordo que garante a transferência de pacientes cabo-frienses para o novo hospital municipal em caso de falta de leitos de UTI na Região dos Lagos.

A Secretaria Estadual de Saúde informou em nota que, quando um hospital atinge a lotação máxima de leitos para covid-19, os novos pacientes poderão ser transferidos e internados em outras cidades do estado do Rio.

O Governo do Estado anunciou a abertura de 40 leitos no novo hospital municipal de Maricá até o fim do mês de março. Serão cerca de 350 em todo o Rio de Janeiro.

Maricá contabiliza 11.817 casos confirmados e 264 óbitos por covid-19 até a segunda-feira (22).


Novas medidas restritivas em Maricá

Devido a esse aumento no número de casos de contaminados por coronavírus, o Ministério Público do Rio de Janeiro recomendou que Maricá adote medidas mais restritivas.

O prefeito Fabiano Horta esteve reunido na segunda-feira (22) com os integrantes do Gabinete de Ação para definir as novas regras. A Prefeitura destacou que Maricá seguirá as normas do governo do Estado. Um novo Decreto Municipal será publicado a qualquer momento.

A prefeitura estuda, por exemplo, a volta das barreiras sanitárias, considerando a possibilidade de se estabelecer o longo feriado estadual na próxima semana.

Por enquanto, entre as medidas já adotadas desde a semana passada para conter o avanço da doença, está em vigor o toque de recolher de 23 h às 5 h, que restringe a circulação de pessoas nas vias e em praças públicas.

Também foram reduzidas nos fins de semana as linhas dos ônibus gratuitos que têm itinerários pela orla de Maricá.

Bares, restaurantes e lanchonetes só podem funcionar até às 23 h, e com limite máximo de 50% da sua capacidade de lotação.

Também houve reforço na fiscalização na cidade.

Além disso, 30 mil doses das 500 mil compradas da vacina russa Sputnik V devem chegar até o dia 5 de abril, e a prefeitura pretende aplicar as doses.