Os presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli entraram no circuito para tentar impedir a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Alcolumbre ligou para o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) dizendo que, caso a demissão fosse concretizada, a relação do governo com o Parlamento "ficaria muito difícil". Mais cedo, várias midias do país (GLOBO, Estadão, Folha, Correio Brasiliense, Barão de Inohan...) revelaram que o presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar o ministro da Saúde.
Alcolumbre também disse ao ministro da Secretaria de Governo não haver justificativa para a saída do ministro da Saúde e que qualquer movimento nesse sentido obrigaria os chefes do Legislativo a se posicionarem publicamente contra a decisão. O presidente do Senado lembrou que, além do Congresso, Mandetta tem o respaldo da população.
O senador também conversou com o Onyx Lorenzoni (Cidadania), que é do DEM, mesmo partido de Alcolumbre e Mandetta. O presidente do Senado afirmou não ser possível "o governo cogitar tirar um ministro que está fazendo um excelente trabalho".
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atuou em duas frentes: fez chegar ao Palácio do Planalto que demissão de Mandetta, neste momento, seria muito mal recebida não só pela corte, mas por diversos setores da sociedade; e trabalhou para que o ministro da Saúde também fizesse algum gesto de harmonia em relação ao presidente.