A Polícia Civil já sabe que os criminosos que mataram o vereador Ciraldo Fernandes da Silva (DEM), de 57 anos, no começo da noite deste domingo em Araruama, na Região dos Lagos, são traficantes de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O caso está sendo investigado pela 118ª DP (Araruama). O corpo do parlamentar já está sendo velado na Câmara Municipal da cidade. O enterro, inicialmente previsto para esta segunda-feira no Cemitério Municipal de Araruama, ocorrerá na manhã desta terça-feira. Ele foi morto com pelo menos sete tiros quando estava em um bingo na localidade conhecida como Campo do UTA, no Bairro Fazendinha.
De acordo com a Polícia Militar, dois homens armados em uma moto efetuaram os disparos. O parlamentar morreu na hora. Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é que o vereador teria se recusado a pagar propina a traficantes, o que motivou sua morte. Quem assumirá no lugar de Ciraldo será o suplente Jizamar Coutinho Souza, conhecido como Borracha, também do DEM.
Assim como a Prefeitura da cidade, a Câmara dos Vereadores decretou três dias de luto. Ao EXTRA, a delegada Janaina Cristina Peregrino, titular da 118ª DP e que investiga o caso, disse que "está trabalhando" para identificar os criminosos. O caso está sob sigilo.
Este é o segundo episódio de assassinato envolvendo um político da Fazendinha só neste ano. Em maio, o ex-vereador Sérgio Cunha de Andrade, o Serginho da Lotada, foi encontrado morto na mesma região. O crime também é investigado pela 118ªDP.
Em nota, a Polícia Civil disse que "inúmeras diligências estão sendo realizadas e depoimentos sendo tomados para apurar a morte de Sergio Cunha de Andrade. As investigações estão em andamento".
Enquanto isso em Maricá, as investigações estão a cargo da DH (Delegacia de Homicidios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá) e ainda não se sabe nada, ou nada é divulgado.
Estamos indo para quatro meses da morte de Robson Giorno (proprietário do Jornal O Maricá), três meses da morte de Romário Barros (jornalista e proprietário do site LSM) e mais de duas semanas da morte de Ismael Breve e seu filho Thiago Marins.
Quando essas mortes serão elucidadas?