Congelado desde 2009, primeiro ano do governo de Washington Siqueira (o Quaquá) que sempre lutou pelo "fim do monopólio" segundo sua visão, o que na verdade nunca existiu, pois monopólio configura a existência de uma única empresa prestando um determinado serviço, e no caso de linhas municipais, na época existiam além de vans, as empresas Costa Leste e Viação Amparo e no caso das linhas intermunicipais, além das vans, as empresas Viação 1001 e Viação Amparo, o valor da passagem municipal de R$ 2,70, regida pela prefeitura de Maricá, poderá ter aumento ainda neste mês, passando para R$ 3,70, por decisão judicial.
A empresa Viação Nossa Senhora do Amparo obteve na Justiça uma decisão determinando que a tarifa do transporte público municipal de passageiros seja fixada em R$ 3,70. A medida tem caráter provisório e tem previsão de entrada em vigor a partir do dia 23/09.
O município de Maricá foi intimado da decisão na tarde da quinta-feira (29/08) e por meio da Procuradoria Geral do Município ingressará com todos os recursos cabíveis para reverter a medida, tendo em vista que o processo judicial se encontra na fase de instrução, com realização de perícia técnica que está pendente de esclarecimentos.
Segundo nota da prefeitura, "O município de Maricá reafirma o compromisso com a população da cidade na implementação da política de Tarifa Zero no transporte público. Mas o contrato de concessão firmado em 2006 com a empresa Viação Nossa Senhora do Amparo encontra-se ainda vigente". Porém é bom lembrar que atualmente, o valor de passagens municipais em Maricá, são os baratos de todas as cidades do estado do Rio. O valor médio de transporte de passageiros nas cidades fluminenses, é de R$ 4,00, com algumas cidades cobrando até R$ 4,30.
O valor ora estipulado pela justiça acompanha uma planilha de custos da Fetranspor e ainda assim, com o possível aumento para R$ 3,70, continuará sendo um dos mais baratos do estado.
Essa política de congelamento de preço imposto pelo governo petista de Washington Siqueira (o Quaquá), liquidou a Viação Costa Leste que tinha em sua planilha diária, mais de 50% de gratuidades incluindo idosos, deficientes e estudantes, sendo que no último caso, um valor superior a R$ 15 milhões ainda é devido à empresa que fechou suas portas em 2017, deixando cerca de 60 funcionários desempregados. Se a empresa tivesse recebido os valores devidos desde 2009, poderia ter renovado sua frota de 24 ônibus e ter comprado mais 16, ficando com uma nova frota de 40 ônibus atendendo muito bem a população do segundo distrito, hoje servido pelos "vermelhinhos". O problema de transporte no segundo distrito é tão grave, que a população pede urgente a entrada de uma nova empresa e clama até mesmo pela volta da Costa Leste.
Outros que estão no sufoco desde 2009, são os permissionários dos serviços de vans municipais, que também recebem por passagem apenas os R$ 2,70, da tarifa municipal. A frota hoje de vans com cerca de 80 veículos, passa por vários problemas de manutenção e até pagamento das prestações dos veículos comprados recentemente. Com o novo valor, os problemas serão diminuídos, afirmam os condutores, que pedem urgente a colocação do validador, para que possam receber o Rio Card, promessa feita por Washington Siqueira (o Quaquá) desde 2012 e até hoje não cumprida, por irregularidades na concessão das linhas municipais de vans.