Segundo eletricista, vítima de 17 anos levou socos e foi jogada sobre um engradado de refrigerante antes de abuso. Caso aconteceu durante o carnaval. Suspeito está preso em Iporá (GO).
Um eletricista de 40 anos denuncia que a filha transexual, de 17 anos, foi agredida e estuprada após negar manter relação sexual com um homem, em Iporá, região central de Goiás. Segundo ele, o fato aconteceu durante o carnaval e o suspeito, cuja identidade não foi revelada, foi preso.
O homem, que prefere não se identificar, afirmou que a filha foi a uma lanchonete com dois amigos na terça-feira (5) para comer algo e depois seguiram para o lago da cidade, onde ocorria uma festa.
Algum tempo depois, o suspeito, que trabalhava na lanchonete, foi até o local e começou a conversar com ela. O homem então a convidou para voltar até o estabelecimento e ela aceitou, mas impôs uma condição.
"Ela disse que era trans e que não manteria relação sexual com ele. Ele concordou, disse que só queira conversar, trocar uma ideia e conhecer ela melhor", disse o pai ao G1.
Porém, após chegaram ao local, o homem tentou "forçar a barra" para que eles tivessem uma relação sexual. A adolescente negou, tentou ir embora, mas segundo a família, acabou sendo forçada.
"Ela a puxou pelo braço e a jogou sobre um engradado de refrigerante. Depois começou a bater nela. Minha filha quebrou uma garrafa na cabeça dele e saiu correndo, mas ele a alcançou, levou ela para o banheiro e a violentou", contou.
Denúncia
A adolescente teve de pular o portão logo depois para poder ir embora. Em casa, ela contou para uma amiga, cujo pais a levaram para o hospital. Os pais da vítima também foram avisados em seguida.
"Ele deu socos no rosto dela, no jogar ela no chão e machucou bastante as costas", explica o pai.
O eletricista explicou que o Conselho Tutelar foi avisado. O órgão chamou a PM, que descobriu onde o suspeito morava, foi até o local e o encontrou dormindo. Ele foi detido em flagrante.
O caso foi registrado na delegacia da cidade, onde a adolescente prestou depoimento.
O delegado da cidade, Ramon Queiroz, disse que está em viagem desde o carnaval e não teve acesso ao caso.
O G1 tenta buscar, junto à assessoria da Polícia Civil, quem é o delegado que registrou o caso e será responsável pela investigação.