Jennifer Celia Henrique, 38 anos, foi assassinada em março de 2017, no bairro Ingleses em Florianópolis
A Justiça condenou Dik Greison Isidoro da Silva a 12 anos de prisão pelo assassinato da transexual Jennifer Celia Henrique, 38 anos. A vítima foi morta a pauladas no ano passado, no bairro Ingleses, no Norte da Ilha, em Florianópolis. O júri popular do réu foi realizado nesta quinta-feira (22). O acusado não vai poder recorrer em liberdade.
Jennifer morreu em função de um traumatismo craniano, após ter sido espancada em uma construção. O réu está preso desde 23 de abril de 2017 e foi condenado por homicídio qualificado - sem chance de defesa para a vítima.
A Defensoria Pública disse que réu já recorreu de próprio punho, assim que intimado da sentença, e que a instituição vai estudar as razões a serem apresentadas. Ao G1, o defensor público Ralf Zimmer Júnior disse que ainda não é possível adiantar qual será o teor do recurso.
Julgamento
Na época do crime, o acusado estava em situação de rua e sobrevivia fazendo malabares. Em depoimento, Dik Greison disse que era usuário de drogas e que manteve relação sexual consensual com Jennifer. E contou que depois do ato, os dois tiveram um desentendimento e ele acabou matando a vítima. Sem possibilidade de se defender, a transexual acabou morrendo no local.
O corpo de jurados, formado por cinco homens e duas mulheres, considerou o acusado culpado e a juíza Mônica Bonelli Paulo Prazeres fixou a pena, que terá que ser cumprida em regime inicialmente fechado.
Adiamento do júri
Inicialmente, o julgamento havia sido marcado para 26 de julho, mas foi adiado porque a Justiça atendeu ao pedido da Defensoria Pública do Estado para que o acusado fosse submetido a exames de insanidade mental.
Entretanto, conforme os autos processuais, o laudo atestou que o réu poderia ser alvo de acusação e o júri foi remarcado.