segunda-feira, 15 de outubro de 2018

ESTE É O RESULTADO DO GOVERNO APOIADO PELO PT DE LULA: Pobreza na Venezuela chega a 81,8%, indica levantamento

Nove em dez famílias afirmam que sua renda é insuficiente para comprar alimentos


A pobreza aumentou na Venezuela quase nove pontos de 2016 para 2017, atingindo 81,8% dos lares, segundo uma pesquisa que difere amplamente da cifra oficial, de 22,7%. O percentual de famílias em situação de pobreza saltou de 23,1% em 2015 para 30,26% em 2016 e para 41,27% em 2017. Enquanto isso, o de pobreza extrema passou de 49,9% para 51,51%, detalhou a Pesquisa sobre Condições de Vida na Venezuela (Encovi). Em meio a uma crise econômica que se agravou em 2014 pela queda dos preços do petróleo, 80% dos consultados disseram precisar de assistência social.

Apesar de a cobertura dos programas oficiais para suprir necessidades básicas como alimentação, saúde e habitação tenha aumentado três pontos com relação a 2015, beneficia apenas 28% da população.


As cifras da Encovi diferem muito das oficiais. Em seu informe anual de trabalhos, em 15 de janeiro, o presidente Nicolás Maduro assegurou que a pobreza em 2017 diminuiu de 19,7% para 18,3%, e a miséria, de 4,9% para 4,4%, apesar da grave crise econômica.


A pesquisa, realizada pelas universidades Central da Venezuela, Católica Andrés Bello e Simón Bolívar, junto com várias ONGs, considera que um lar está na pobreza extrema quando sua renda não cobre a cesta básica de alimentos. Enquanto isso, a pobreza se dá quando a renda não chega ao dobro do valor da cesta, explicou à AFP Marino González, um dos autores do estudo.

O valor da cesta básica na Venezuela aumentou 433,9% em 2016 e para poder custeá-la, os venezuelanos precisavam de 18 salários mínimos no fim de janeiro, segundo um informe do Centro de Documentação e Análise da Federação Venezuelana de Professores (Cendas-FVM). Já em 2017, devido a hiper inflação do país, os venezuelanos agoram precisam de 29 salários mínimos para custear a cesta básica.

O governo não informa dados de inflação há um ano, mas o FMI informa que em 2016 foi de 475%, 2.700% em 2017 e chegará a 1.000.000% em 2018: isso mesmo UM MILHÃO POR CENTO!


A Encovi estabeleceu, ainda, que 9,6 milhões de pessoas - quase um terço da população - ingerem duas ou menos refeições por dia. O percentual de quem come três vezes por dia baixou de 88,7% a 67,5% entre 2015 e 2016, e os que fazem duas ou menos refeições aumentaram de 11,3% para 32,5%. Em 2017 os números aparecem quase o mesmo, mas o que assusta é que antes eram duas refeições diárias e agora é apenas uma e muitos procuram comida em lixões ou compram carnes estragadas em mercados públicos.

Nove em dez famílias afirmam que sua renda é insuficiente para comprar alimentos, enquanto que sete em cada dez entrevistados reportaram ter perdido peso, 8,7 quilos em média, no período analisado.

"Os mais pobres sobrevivem com farinhas, arroz, hortaliças e tubérculos", em uma cesta em que está em baixa o consumo de proteínas animais e praticamente desapareceu o de frutas, destacou o estudo.


A pesquisa foi realizada entre agosto e outubro de 2016 com 6.413 lares em nível nacional. A margem de erro não foi informada.