O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, consolidou sua liderança na disputa presidencial segundo a última pesquisa Ibope. Subiu quatro pontos e chegou aos 31%, abrindo uma diferença de dez pontos para Fernando Haddad, do PT, que ficou parado em 21%.
Resultado imediato foi sentido no mercado financeiro nesta terça-feira (2), com dólar em queda, abaixo dos R$ 4, e a Bolsa de Valores subindo.
Na avaliação de analistas de mercado, a pesquisa Ibope indica que a subida de Haddad nos levantamentos anteriores reforçou o sentimento antipetista de boa parte do eleitorado, fazendo não só Bolsonaro subir nas intenções de voto, como também freando o crescimento do petista e elevando sua rejeição de 27% para 38%.
O sentimento do momento, segundo operadores, é que Jair Bolsonaro ficou mais competitivo, inclusive contra aquele que foi escolhido pelo ex-presidente Lula para substituí-lo na eleição presidencial, aumentando suas chances de ser eleito neste ano para ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2019.
Esse, porém, é o retrato de hoje, que pode mudar ao longo da semana com novas pesquisas sendo divulgadas.
O crescimento de Bolsonaro na pesquisa Ibope mostra que ele acaba sendo o candidato que se beneficia do voto útil pregado por Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano bateu forte no capitão reformado do Exército, e ele não caiu. Bateu forte em Haddad, e ele parou de crescer e sua rejeição aumentou. Só que foi o candidato do PSL que cresceu, não Alckmin.
Bolsonaro subiu até na pesquisa espontânea, cinco pontos, consolidando ainda mais seu voto.
A eleição deste ano segue mostrando dados que, aparentemente, são contraditórios. Os dois líderes, Bolsonaro e Haddad, lideram também na rejeição. Em disputas anteriores, os candidatos que iam para o segundo turno tinham no máximo 32% de rejeição.
Nesta, os dois podem acabar ficando na casa dos 40% de rejeição e, mesmo assim, passarem para o segundo turno. Mais do que nunca será uma disputa de rejeições a da fase final desta campanha.
Valdo Cruz - G1