O Partido dos Trabalhadores afirmou, na manhã deste domingo (8), em boletim publicado em seu site, que “estão sendo agendadas visitas de líderes internacionais” ao local de vigília montado próximo ao prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está detido desde a noite do último sábado (7).
Segundo o partido, a vigília em Curitiba “será permanente”. “Até o dia em que Lula for solto, milhares de pessoas passarão todos os dias pelo local que Sérgio Moro esperava que ficasse conhecido apenas como a cidade onde Lula cumpriu pena, mas na verdade se tornará um marco peregrinação para todas as pessoas do Brasil e do mundo que lutam por justiça, democracia e pelo respeito aos direitos fundamentais”, afirmou a legenda em nota.
No comunicado, mais uma vez o partido criticou o juiz Sérgio Moro e afirmou que a imagem de pessoas visitando o ex-presidente no local “escapou aos cálculos do juiz”. “Para tristeza dos interesses ianques e da direita fascista do Brasil, Sérgio Moro transformou Lula num mártir vivo, num símbolo do que as elites são capazes de fazer para impedir que o povo seja tratado com respeito e dignidade pelos governantes", diz a nota.
Caravanas
De acordo com o partido, várias caravanas devem chegar ao local onde apoiadores do ex-presidente estão acampados “vindas de cidades ao redor de Curitiba”. “Somente do Estado de Santa Catarina já estão confirmadas mais de mil pessoas”, complementa o comunicado.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirmou que também vai reforçar a vigília de apoio ao ex-presidente. Em entrevista à à Agência Estado, Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, informou que estão seguindo caravanas de militantes para "dar força total ao acampamento de Curitiba". O movimento adiou a jornada de ocupações do "Abril Vermelho", que começaria neste fim de semana, para focar no apoio a Lula preso.
A legenda também pediu aos apoiadores do ex-presidente que enviem cartas para ele à Superintendência da PF em Curitiba, e afirmou que “o juiz Sérgio Moro, os procuradores da Operação Lava-Jato e os policiais federais de Curitiba pensaram que seriam os carcereiros de Lula, mas na verdade vão ser os carteiros do povo brasileiro para o maior símbolo da luta popular que já existiu no Brasil”.