Energia solar vai abastecer novo Hospital de
Maricá
O novo Hospital Municipal de Maricá, que está sendo construído há
mais de 2 anos no km 23 da RJ-106, em São José do Imbassaí, recebeu na
manhã da quarta-feira (29/03), uma visita guiada do prefeito Fabiano Horta para
a inspeção das obras, cujo cronograma ultrapassou os 70% de
execução. Quando estiver em funcionamento, o que deverá ocorrer no início
do ano que vem (conforme noticiou com exclusividade o barão de Inohan ao
informar em sua última edição que infelizmente o hospital não seria entregue em
2017), estima-se que, a unidade deverá fazer em torno de 25 mil
atendimentos - tanto de Maricá quanto de municípios vizinhos.
O
prefeito acompanhado de um grupo de médicos e enfermeiros da Saúde, convidados
a conhecerem essa que será a maior instalação de Saúde da região, afirmou não
ter dúvidas de que Maricá se tornará uma referência no atendimento médico.
“Esse hospital é uma cidade que está sendo construída dentro de Maricá. Isso
aqui tem dinâmica e logística de cidade e pelo gigantismo que carrega, eu não
tenho dúvida que Maricá vai se tornar uma referência regional no atendimento do
SUS”, disse. “Aproveito a ocasião para reafirmar também o nosso compromisso de
conclusão dessa obra ainda este ano”, completou. “Para nós é um orgulho
construir um aparelho público que vai atender a população da cidade e promover
uma transformação definitiva da saúde de Maricá”, concluiu o prefeito, lembrando
que o hospital é um legado para as gerações futuras depois de percorrer salas e
corredores em processo de acabamento - para o qual está sendo empregado
material de primeira qualidade.
O
secretário de obras, Marcos Câmara, anunciou que a unidade será sustentável, ou
seja, produzirá sua própria energia. O consumo, de 1,8 megawatts, corresponde a
10% do que gasta uma cidade com 150 mil habitantes como Maricá, mas não vai
gerar um centavo a mais em despesa para o município. "O estacionamento
contará com coberturas feitas com placas fotovoltaicas, responsáveis pelo
processo de conversão da energia solar em eletricidade, permitindo ao hospital
produzir sua própria energia", explicou. Câmara falou ainda sobre as
necessidades diferenciadas na realização da obra, que exigiram mais por se
tratar de uma unidade hospitalar. “O prédio está todo preparado dentro das
normas de segurança”, garantiu. “Instalações elétricas, prevenção de incêndio,
instalações de gazes medicinais, instalações hidráulicas, entre outras, foram
feitas para atender especificamente o hospital porque o ambiente hospitalar
exige atenção diferenciada da normativa de engenharia”, acrescentou. “No
sistema de ar condicionado, por exemplo, usaremos uma máquina chamada Chillers,
que trabalha com água gelada e que vai insuflar o ambiente, climatizando assim,
todo o hospital”, finalizou.
Muitos
dos profissionais da Saúde visitavam as áreas internas do hospital pela
primeira vez e ficaram impressionados com o que viram. A enfermeira da
pediatria do Hospital Municipal Conde Modesto Leal (HMCML), Juliana
Cunha, não imaginava que a unidade tinha uma estrutura tão complexa. “Quem
passa na Rodovia não tem noção do que está acontecendo aqui dentro. Quando se
entra aqui, se percebe a dimensão do que é esse hospital”, disse. “Tudo aqui é
muito grande! Tem inclusive uma UTI pediátrica, algo que o município, hoje, não
tem. Esse hospital é um ganho para população e para nós, profissionais, que
iremos trabalhar nele”, afirmou.
Já, o coordenador da equipe clínica do HMCML, o
médico Flávio Alvarenga também ficou surpreso. “Estruturalmente o hospital
é excelente, muito mais do que eu esperava”, destacou. O médico também falou do
desafio em administrar um aparelho desta magnitude. “O maior, em principio,
será o tamanho dessa estrutura. Gerir uma equipe do tamanho da que vai ser
necessária para ocupar esse hospital, para ele funcionar bem, vai ser sem
dúvidas um desafio e uma das formas de vencê-lo é a força de vontade
da equipe. Isso fará toda a diferença”, afirmou. “Eu como médica,
moradora dessa cidade me sinto realizando um sonho. Enquanto muitos lugares
estão fechando seus hospitais, estão deixando de atender seus pacientes, nós
estamos aqui construindo uma unidade de referência”, disse a secretária de
Saúde, Simone Costa. “Não só para esse município não, mas seremos vistos como
referencia também por outros municípios”, acrescentou.
Quando
concluído o novo Hospital Municipal terá três blocos: A, B e C. No bloco A
estão localizados os consultórios médicos e a recepção. Considerado o coração
do hospital o bloco B possui características muito especificas, por se tratar
de um ambiente com alto grau de risco, e é nele que estão o centro cirúrgico e
as UTIs. E por ultimo o bloco C onde funcionará a área de serviços como
refeitórios, vestiários, administração e salas de TI. O investimento é
realizado com recursos próprios da Prefeitura, de aproximadamente R$ 40 milhões
(considerando as obras civis) e contará com 138 leitos para internação além de
duas CTIs, 19 enfermarias (com três leitos cada), distribuídas pelos três
blocos, seis salas de observação para adultos e mais três alas de observação
para pediatria. A área total do terreno onde está sendo construída toda
estrutura é de 128,9 mil metros quadrados. O hospital contará com tomografia,
Raio X, entre outros aparelhos. A maior parte do equipamento necessário está
sendo adquirida a partir de emendas parlamentares, um total de aproximadamente
R$ 7,8 milhões. O prefeito estava acompanhado da primeira-dama, Rosana Horta,
do vice-prefeito, Marcos Ribeiro, de secretários municipais e vereadores.