terça-feira, 3 de janeiro de 2017

SP: Doria divulga novas medidas para a gestão. Fabiano Horta poderia copiar algumas!

Tucano disse que haverá corte de 15% dos contratos da prefeitura de SP


O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, poderia perfeitamente utilizar de ferramentas para fazer uma boa gestão, deixando de lado questões partidárias e neologismos. Um bom exemplo a ser adotado, são as medias de austeridade que vários prefeitos pelo Brasil a fora estão adotando, dentre eles, Marcelo Crivela no Rio de Janeiro que deu ordem de que "SERÁ PROIBIDO GASTAR" e que de imediato, fará cortes de mais de 2 mil comissionados, além de diversos cortes de contratos antigos e inservíveis nos tempos austeros de hoje.
Em São Paulo, em sua primeira coletiva como prefeito da maior cidade do país (com quase 12 milhões de habitantes), João Doria (PSDB) anunciou na segunda-feira (02/01), um pacote de sete medidas para o início da gestão. Algumas envolvem compromissos que ele já havia divulgado antes de assumir o cargo e outras são novidades.

A coletiva ocorreu após a primeira reunião entre Doria, todos os 22 secretários e presidentes de empresas públicas e autarquias. Mais cedo, o político tucano se vestiu de gari para marcar o lançamento da operação de zeladoria Cidade Linda.

Vejam que citamos acima, ter São Paulo, a maior cidade do país com cerca de 12 milhões de habitantes, 22 secretarias, ou seja, quase uma secretaria para cada 545.500 habitantes, se pudessemos ponderar de forma per capita esses números. Já Maricá (que possui cerca de 180 mil habitantes), que durante oito anos chegou a ter 35 secretarias, teve seu número reduzido para 21 (o que ainda é um absurdo), nestes cálculos subjetivos, teria uma secretaria para cada 8.571 habitantes, número 647 vezes menor que São Paulo.

Contionuando os bons exemplos de São Paulo, Doria disse que a prefeitura pretende usar imóveis de instituições financeiras para a implantação de 66 mil vagas em creches. Segundo a atual gestão, o número foi apurado pelo governo anterior e corresponde à fila de crianças entre zero e três anos. O prazo é de 12 meses para criação destas vagas, com um orçamento de R$230 milhões.

De acordo com Doria, os bancos estão sendo procurados para fornecer imóveis que não utilizam mais, sem contrapartida.

Saúde

Enquanto em Maricá, a saúde vive momentos de caos, com obras do novo hospital, dos postos de saúde e do Centro de Diagnóstico, paralisadas há mais de quatro meses, em São Paulo, o programa Corujão da Saúde começará no dia 10 de janeiro e vai durar 90 dias para zerar a fila de exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os números divulgados antes indicavam cerca de 400 mil pessoas aguardando o atendimento.

Os pacientes que aguardam exames há mais de seis meses, portanto fora da validade, vão passar de novo por consultas na rede pública e não passarão pelo Corujão, que prevê o uso da rede particular.

O secretário da Saúde, Wilson Pollara disse que os que vão entrar no programa são os que tiveram exames pedidos entre 30 dias e seis meses. Com isso, a iniciativa emergencial de Doria vai atender cerca de 200 mil pessoas. De acordo com o secretário Pollara, até agora, 25 hospitais se interessaram e haverá um chamamento público para outras instituições médicas.

Outras medidas

O prefeito de São Paulo, disse que haverá um corte de 15% dos contratos da prefeitura (e em Maricá, por enquanto NADA), sem incluir saúde, transporte (NESTE ITEM, O PREFEITO FABIANO HORTA INSISTE EM BRIGAR COM A JUSTIÇA PARA RECOLOCAR OS VERMELHINHOS PARA RODAREM DE NOVO, GERANDO MAIS GASTOS) e educação. Os valores serão renegociados com as empresas e os índices de reajuste serão alterados, mas ainda não há uma estimativa de economia. Cerca de 1,3 mil veículos alugados serão devolvidos e carros de propriedade da prefeitura serão leiloados (ENQUANTO EM MARICÁ, NENHUMA MEDIDA FOI AUNCIADA, NEM MESMO A DEVOLUÇÃO DOS INÚMEROS CARROS ALUGADOS).

Neste caso, a economia projetada é de R$ 10 milhões por mês ao longo dos quatro anos de mandato. Também será colocada uma meta de corte de 30%, no mínimo, na quantidade de cargos em comissão, que hoje totalizam 10 mil. Em Maricá, onde existem mais de 3 mil comissionados e quase mil contratados, totalizando cerca de 4 mil possíveis cabides de emprego, nenhum medida de austeridade foi anunciada. Se fizermos nova conta per capita, veremos que a prefeitura de São Paulo com seus 12 milhões de habitantes, tem 10 mil comissionados, o que dá um comissionado para cada 1200 habitantes, enquanto em Maricá, com 180 mil habitantes, temos 3 mil comissionados (não estamos computando aqui os contratados), o que dá  um comissionado por cada 60 habitantes, número 20 vezes maior do que a maior cidade do país. Além disso, cada secretaria, empresa e autarquia terá um gestor de economia, que vai identificar despesas que podem ser reduzidas.


Doria e o vice-prefeito Bruno Covas (PSDB) falaram também sobre o programa Calçada Livre, que começará no dia 8 de janeiro e pretende melhorar o estado das calçadas em eixos importantes. A ideia é dar mais acessibilidade usando a verba pública ou criando mutirões para cuidar de calçadas privadas. O projeto terá início no Itaim Paulista. Isto poderia também ser implantado imediatamente em Maricá, visto que a maioria das calçadas está em estado precário, lotada de ambulantes e de placas e objetos de lojistas, que insistem em fazer das suas calçadas, uma extensão de suas lojas, impedindo a livre circulação de pedestres consumidores.