Cerimônias de despedida serão realizadas nas sedes de alguns clubes de futebol da cidade.
Os jornalistas do Rio que morreram na queda do voo que transportava a delegação da Chapecoense do Brasil para a Colômbia serão velados neste sábado (2). As cerimônias de despedida serão realizadas nas sedes de alguns clubes de futebol da cidade.
Os três jornalistas da TV Globo que faleceram no acidente aéreo serão velados no salão nobre do clube Botafogo de Futebol e Regatas, em General Severiano, Zona Sul do Rio. Os corpos do repórter Guilherme Marques, do produtor Guilherme Van Der Laars e do repórter cinematográfico Ary Júnior deixaram a Colômbia nesta sexta-feira (2) e chegaram ao Botafogo por volta de 13h, com uma hora de atraso em relação ao horário previsto inicialmente.
Marques e Lars eram torcedores do clube e darão nome a duas cabines de imprensa do Estádio Nilton Santos. Colegas, familiares e até pessoas que sequer conheciam os três jornalistas começaram a chegar ao local por volta de 11h.
Os corpos de outros dois jornalistas serão velados na sede do Clube de Regatas Flamengo e o sexto corpo terá o velório realizado nas dependências do Fluminense Football Club, em Laranjeiras, também na Zona Sul.
Vítimas
Entre as vítimas do acidente estão jogadores do time catarinense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e a tripulação do avião, que pertencia à empresa boliviana LaMia e havia sido fretado para transportar o time, que iria disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Sobreviveram à queda seis pessoas. Entre eles, estão os jogadores Alan Ruschel, Follmann, que teve uma perna amputada, e Neto, que está em estado crítico. Também foram resgatados com vida o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez.
Falta de combustível
A aeronave com a delegação da Chapecoense estava sem nenhum combustível ao cair, apontam os resultados preliminares da investigação do acidente, divulgados na noite desta quarta-feira (30). A aeronave, que havia saído de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) rumo a Medellín, bateu contra uma montanha na cidade de La Unión.
"Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto", disse Freddy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Colômbia.
A constatação da ausência de combustível se deu nas primeiras inspeções dos destroços do avião, afirmou Bonilla. Diante das evidências, segundo ele, os investigadores trabalham com a hipótese de "pane seca", quando a falta de combustível faz parar os sistemas elétricos da aeronave. "Iniciamos uma apuração para esclarecer o motivo pelo qual essa aeronave estava sem combustível no momento do impacto", disse o secretário.
A tripulação do Avro RJ-85 da companhia aérea boliviana LaMia pediu prioridade para pousar em razão da falta de combustível à 0h48 (horário de Brasília). Quatro minutos depois, à 0h52, declarou emergência. Os destroços foram encontrados a 17 km do aeroporto José María Córdova.