O fato foi registrado inicialmente, na noite do último domingo, na 82ª DP (Maricá). Aos policiais de plantão, a mãe da menina, Omária Cristina da Silva, explicou que Letícia saiu de casa, na Rua Leonor Rangel, por volta das 18 horas, para levar uma bolsa de compras na casa de uma amiga, a cerca de 200 metros. Ao perceber que a filha estava demorando, a mãe foi até a casa da amiga e lá ouviu que Letícia teria deixado a bolsa e foi embora. Várias buscas foram realizadas na região, porém a menina fosse encontrada. A vítima saiu de sua casa usando uma camiseta colorida, short Jeans e chinelos, e levava um aparelho de telefone celular que estava sem sinal da operadora, mas recebendo sinal de internet móvel.
Policiais também recolheram imagens das câmeras de segurança de um ônibus da viação Nossa Senhora do Amparo (linha Centro-Itaipuaçu) e confirmaram, juntamente com Omária, que Letícia embarcou, às 19h18min, no coletivo ao lado de um homem. O desembarque foi no bairro São José do Imbassaí, às 19h41min. O que aconteceu no espaço de tempo entre a saída do ônibus e o aparecimento ainda é um mistério.
Letícia foi reconhecida por frentistas de um posto de gasolina, por volta das 15 horas de ontem. Em estado de choque, ela reencontrou familiares e foi encaminhada para realizar exames no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro. Inicialmente, a menina contou à polícia e aos familiares de que escapou de uma casa através de uma janela, porém o delegado titular da DHNSGI, Fábio Barucke, informou que Letícia teria ido a casa de um amigo, também menor, voluntariamente e que aguarda hoje para prestar esclarecimentos sobre o caso. Os dois podem responder junto à Vara da Infância e Juventude.
O jovem Matheus (20) que disse estar com a menor (afirmou ser sua namorada) foi preso acusado de estupro de vulnerável (pelo jovem ter menos de 14 anos) e a família da jovem não confirma o fato deles terem algum relacionamento.
O exame de corpo de delito feito em Leticia deu como inconclusivo, ou seja, não há nenhuma confirmação de estupro e também não há confirmação real do ato sexual, embora se este for comprovado efetivamente, o mesmo não foi feito em ato violento.
Baseado em texto de Augusto Aguiar e Marcel Magalhães
A TRIBUNA