O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça e, segundo as autoridades de saúde, há quase 30 anos não havia relatos de casos desse tipo no país. Esse foi um dos fatores que levaram à epidemia no Rio de Janeiro, já que a maioria dos cariocas não tem imunidade contra ele. Segundo os médicos, o vírus tipo 4 não é mais nem menos perigoso que os mais conhecidos: os tipos 1, 2 e 3 da dengue.
Não existe o risco de uma pessoa se contaminar duas vezes pelo mesmo tipo da doença, mas é possível poder ter dengue mais de uma vez, já que são quatro tipos diferentes de vírus.
De acordo com médico Luis Fernando Correia, os sintomas são sempre os mesmos: “Febre, dor de cabeça atrás dos olhos, dor no corpo - algumas vezes como se fosse dentro dos ossos - e um mal estar que acompanha as viroses, que dura em torno de três a cinco dias, ou até sete dias em alguns casos”.
A gravidade da doença também não está relacionada ao tipo de vírus e depende da maneira como o organismo do paciente reage à infecção.
“É importante que a população cumpra a orientação de voltar ao posto de saúde mesmo que não tenha mudado os sintomas. Isso porque a dengue é uma doença muito dinâmica e pode evoluir em oito, doze horas”, orienta o médico.
Fernando também alerta para a falta de imunidade da população com o tipo 4 da dengue: “Todos com menos de 30 anos, com certeza, não têm imunidade e defesa contra este vírus, pois nunca tiveram contato com ele. Portanto, a doença se espalha com mais facilidade porque todos praticamente estão suscetíveis a esta doença”.
A melhor maneira de prevenção é evitar os focos do mosquito, principalmente em casa. Além do Rio de Janeiro, cinco estados também enfrentam uma epidemias de dengue no Brasil: Paraná, Bahia, Pernambuco, Goias e Mato Grosso.