segunda-feira, 31 de março de 2014

JOSÉ MUJICA, PRESIDENTE DO URUGUAI

Mujica: ‘Aplicamos um princípio simples, reconhecer os fatos’

  • Em entrevista exclusiva, presidente do Uruguai diz que legalizar no mesmo ano maconha, casamento gay e aborto é apenas resposta à realidade

  • Mandatário afirmou que seu modo de vida austero é ato de protesto contra distorção dos valores da república por políticos, e que só é visto como modelo por falta de verdadeiros líderes no mundo


MONTEVIDÉU — Todo mundo já sabe, mas se espanta: o presidente do Uruguai, José (Pepe) Mujica, mora numa casa de 45 metros quadrados com teto de zinco, cachorro com três patas e cadeiras de fórmica cambetas. Chega-se a ele sem passar por seguranças ou mostrar documentos: a única formalidade é cumprida por um guarda, que sai do carro de polícia estacionado na estrada de terra e vai perguntar se o presidente está disponível para receber visitas.
A sala é escura, tem infiltrações nas paredes, um retrato pequeno de Che Guevara, uma estante com livros desarrumados, uma foto dele com a faixa de presidente, uma caixa de vinho encostada num canto — um Bouza, o melhor do Uruguai. Quando era guerrilheiro tupamaro, Mujica assaltava bancos e distribuía comida entre os pobres.
Agora doa 90% do salário e só vai à residência oficial da Presidência quando o visitante exige segurança redobrada. Seu estilo divide opiniões no país, mas sua popularidade é maior agora do que ao ser eleito, em 2009. Num único ano, 2013, legalizou o aborto, o casamento gay e a maconha. Virou inspiração para muitos jovens — e não tão jovens — por seu jeito despojado de fazer e ver a política. “Eu não sou nada, sou apenas um camponês com senso comum”, afirma.
Mujica é firme e seguro em suas opiniões: não vai existir um turismo da maconha, as repúblicas não vieram ao mundo para estabelecer novas cortes, a política não pode ser uma máfia e tem limitações. O Uruguai — diz até a oposição — vive um momento de autoestima alta e Mujica — indicam as pesquisas — deverá eleger seu sucessor em outubro. Mas seu estilo é único.
Em abril, a lei da maconha estará regulamentada e em vigor no Uruguai. A maioria da população é contra, o senhor está preocupado? É um risco político num ano de eleição?
Não estou preocupado. Não posso estar preocupado por uma coisa que eu mesmo decidi. Posso ficar preocupado depois que comecemos a praticá-la. É um risco político sim, mas definitivamente o mundo não teria mudado se só pensarmos nos riscos eleitorais. Aqui, quando se estabeleceu o divórcio por vontade da mulher, em 1914 ou 1915, dizia-se que a família iria se dissolver, a moral da família seria afetada e poderia não resistir.


Quando o Estado nacional legalizou o álcool e durante 50 anos o vendia às pessoas, dizia-se que era igual a sovietizar a economia. Sempre que propomos alguma coisa diferente, a reação é parecida. Na legalização do aborto, também disseram o mesmo mas agora constatamos que a maioria da população respalda essa política, entendeu que serviu para salvar vidas, tanto das mulheres quanto das crianças.
Agora, podemos agir sobre a psicologia da mulher, podemos atuar diante da solidão da mulher e fazê-la dar marcha à ré em sua decisão. Isso só é possível porque legalizamos o aborto. Acho que seguiremos um caminho parecido contra o narcotráfico.
Mas agora é mais radical. O Uruguai será o primeiro país do mundo onde a maconha será legal.
Queremos tirar o mercado do narcotráfico, queremos tirar-lhes o motivo econômico, queremos que o narcotráfico tenha um competidor forte e não seja o monopolista do mercado. Ao mesmo tempo, tentamos incitar as pessoas a atuarem do ponto de vista médico.
Se as pessoas continuam no mundo clandestino, não podemos trabalhar, pelo menos trabalhar a tempo, só entramos quando já é muito tarde e quando já cometeram delitos para ter dinheiro e conseguir a droga. Mas temos que ter muito cuidado, porque não é uma legalização como as pessoas supõem no exterior, não vai ter um comércio, os estrangeiros não poderão vir aqui ao Uruguai para comprar maconha. Não vai existir o turismo da maconha. A decisão tomada não tem nada que ver com esse mundo boêmio. Nada que ver..
Nada de revival do paz e amor....
Não, não tem nada a ver. É uma ferramenta de combate a um delito grave, o narcotráfico, é para proteger a sociedade. É muito sério.
O senhor em algum momento da vida fumou maconha?
Não, nunca, sou antigo. Fumei tabaco toda a minha vida, e ainda fumo às vezes. Fumo tabaco bom. Não sei se é pior que maconha, mas não acho que é bom.
O senhor rompeu com todos os símbolos do poder. O seu estilo de vida, austero, é uma mensagem política?
Pretende ser um mini-ato de protesto. As repúblicas não vieram ao mundo para estabelecer novas cortes, as repúblicas nasceram para dizer que todos somos iguais. E entre os iguais estão os governantes. Têm uma responsabilidade implícita e penso que devem viver de forma bastante similar à maneira de viver da maioria do seu povo.
Têm de tentar representar a maioria desse povo e não devem deixar os resquícios de feudalismo e da monarquia dentro da república. Na república é distinto, ninguém é mais que ninguém, começando pelo governante. Por não ser assim é que muitíssima gente — especialmente os jovens — não crê na política. A política não pode ser máfia e tem limitações. Mas se os cidadãos não creem na ética da política, também não vão perdoar os erros humanos que inevitavelmente estamos condenados a cometer.
No Uruguai, os partidos de esquerda conseguiram se unir numa Frente Ampla que dura 40 anos. É um país em que a polarização política não é forte, ainda mais se comparada com os EUA, a Venezuela e mesmo no Brasil. Não imobiliza o governo.
Faz muito tempo que na nossa cultura política se incorporou o diálogo e o intercâmbio como método. Sobrevivem no Uruguai os dois partidos mais velhos provavelmente do Ocidente, mas nunca foram partidos exatamente, sempre foram frentes, tinham dentro a esquerda, o centro e a direita, tudo junto. Quer dizer, tinham de negociar muito internamente, se não perdiam para o partido adversário.
Acabou criando-se uma espécie de cultura nacional, a esquerda uruguaia conseguiu criar a frente por causa desta cultura. Nesta frente, estamos todos, inclusive os cristãos, os católicos e os marxistas. E cada vez estamos mais seguros, porque agora já se criou uma tradição: quem sai da Frente, perde. Se saem desse conglomerado, desaparecem politicamente, aconteceu assim várias vezes. Internamente há um movimento, muda-se de partido, mas o bloco continua. Por isso, não podemos ser radicais, somos uma esquerda moderada, porque a linha real é uma espécie de ponto médio entre nós.

E isto encarna bem o Uruguai, pouca montanha, pouca selva, todos moderados no Uruguai.
O senhor diz que é moderado mas sua agenda modernizadora botou o país no cenário mundial.
Aplicamos um princípio muito simples: reconhecer os fatos. Aborto é velho como o mundo, a mulher na sua solidão, inevitavelmente tem de enfrentar com este problema. Para nós, a legalização do aborto e os métodos de contracepção, o trabalho psicológico, significam uma maneira de perder menos. Aqui a mulher não vai diretamente a uma clínica para fazer aborto, isto era na época em que era clandestino. Passa pelo psicólogo, depois é bem atendida.
O casamento homossexual, por favor, é mais velho que o mundo. Tivemos Julio Cesar, Alexandre O Grande, por favor. Dizer que é moderno, por favor, é mais antigo do que nós todos. É um dado de realidade objetiva, existe. Para nós, não legalizar seria torturar as pessoas inutilmente.
Nosso critério é fazer só uma organização dos fatos já existentes. Aqui enxergamos a hipocrisia: em muitos estados nos Estados Unidos existe um talonário vendido no comércio para receitas médicas; basta o médico assinar e dizer que necessitas de maconha para uma dorzinha aqui (aponta o ombro). É hipócrita.
Existe no mundo uma crise de representatividade das democracias e, ao mesmo tempo, uma efervescência de protestos por toda a parte. Como o senhor analisa este este fenômeno?
Acho que existe uma fantasia e uma incomunicabilidade em relação aos assuntos mais importantes. O mundo vive uma crise de caráter político, nossa civilização entrou numa etapa de crise de governança. O mundo está necessitando um conjunto de acordos de caráter mundial, porque tem problemas que nenhum país sozinho pode resolver.
A humanidade tem de pensar em governar, não para a nação ou para o indivíduo, mas para o futuro da espécie. Com este tipo de civilização que desatamos, não há forma de mitigar os danos ao meio-ambiente, não estamos resolvendo nada, só acumulando desastres. Existe um continente de plástico no Pacífico maior do que a Europa.
Que vai ser da humanidade? E vamos continuar a produzir plástico e atirando no mar, sem conseguir um acordo mundial por causa da política?
Na ONU, o senhor falou contra o modelo de desenvolvimento.
Falta uma agenda de grandes problemas que têm o mundo. De um lado, temos uma economia baseada no hiperconsumo de coisas inúteis: fabricar bagatelas que durem pouco. Poderíamos seguir movendo a economia mundial com outro motor e sacar parte da humanidade que está submersas na tristeza e na pobreza, em lugares que falta água. Isto é um mercado, a solidariedade levaria à criação de um mercado maior posteriormente.
Temos que lutar para que todos trabalhem, mas trabalhem menos, todos devemos ter tempo livre. Para que? Para viver, para fazer o que gostam. Isto é a liberdade. Agora, se temos de consumir tanta coisa, não temos tempo por que precisamos ganhar dinheiro para pagar todas essas coisas. Aí vamos até que pluff, apagamos.
Mas o senhor tem simpatia pelos movimentos de protesto, como a primavera árabe, o grupo italiano 5 estrelas ou os protestos no Brasil e na Europa?
Tem muito protesto de intelectual médio, que segue preso à sociedade de consumo e depois vai enriquecer trabalhando para alguma multinacional, quando passar a idade dos protestos. Eu simpatizo com os protestos, mas não levam a lugar nenhum.
Mas derrubaram alguns governos, deram alguns sustos em governantes acomodados.
Sim, mas não construíram nada. Para construir, há de se criar uma mente política, coletiva, de longo prazo, com ideias, disciplina, e com método. E isso é antigo, ou parece antigo. Mas sem interesses coletivos, é difícil mudar. Não são os grandes homens que mudam as sociedades, mudam quando os protestos se organizam, disciplinam, têm métodos de longo prazo.
E isso significa gente que dedique sua vida. Temos de revalorizar o papel da política. Mas no mundo real, muita gente se mete na política por que gosta de dinheiro, estes devem ser expulsos porque prostituem a política. A política tem de ser feita com carinho, a política tem a ver com a harmonia das contradições que há na sociedade, tem de lutar para harmonizar este mundo frágil e cheio de contradições que estamos vivendo.
Estes movimentos de protesto têm a vantagem do novo, e tentam alguma coisa nova porque desconfiam de todos os velhos, especialmente os partidos, por que perderam a confiança neles. Mas as primaveras têm se transformado em inverno por que não sabem onde ir.
O senhor, quando tupamaro, pretendia tomar o poder para mudar o mundo. Chegou lá pelas vias democráticas. Quais são as limitações do poder de um presidente?
O poder é uma coisa muita esquiva e muita fragmentada. Há 40 ou 50 anos, achávamos que chegar ao governo nos permitiria criar uma nova sociedade. Nossa maneira de pensar era ingênua, uma sociedade é muito mais complexa e o poder muitíssimo mais complexo.
E limitado?
Limitado por todos os lados, pelo peso que têm as corporações existentes na sociedade. Limitado pelo direito e pela Constituição, um limite que tem de existir. A contradição das corporações e dos distintos interesses, as dificuldades da realidade. E, sobretudo, toda a política de mudança, a longo prazo, significa mudança de cultura. E o mais difícil de mudar numa sociedade é a cultura.
Quando somos jovens, às vezes, não temos paciência para compreender. E, quando começamos a ficar velhos, falta força e sobra paciência.
O senhor já disse que Uruguai poderia ser um vagão no trem brasileiro. Ficou aborrecido pela falta de resposta?
Não, nós sempre vemos muita boa vontade no governo brasileiro, cada vez que tivemos problemas o governo brasileiro nos deu uma resposta. Mas o Brasil é uma confederação de estados e as dificuldades no comércio passam pelos interesses dos Estados.
Lutamos humildemente para que o Brasil entenda a responsabilidade que tem na América Latina. Por ser o maior e mais forte, tem mais responsabilidade e tem de se dar conta desta responsabilidade.
Conta a lenda que Dilma não gosta de política externa.
O problema é que todo o Brasil tem dificuldade de olhar para a política externa. Existe uma corrente dentro do Brasil que defende uma integração interna primeiro, mas já não há tempo para isso.
Isto pode ser válido mas já não dá tempo porque o mundo caminha assim. As multinacionais estão formando grupos gigantescos, a Europa tem mais de 600 milhões de pessoas, têm línguas distintas, tradições distintas, mas esse barco segue navegando apesar de todos os problemas. Os EUA têm seu espaço, têm o Canadá, uma terra prometida. De outro lado do Pacífico tem a China, com 40 línguas faladas dentro da China, os que são minorias são maiores do que qualquer república latino-americama. A Índia é um espaço multinacional.
Este é o caminho do mundo do futuro e a discussão vai ser entre eles. Nós, latino-americanos, temos de ter a sabedoria de tratar de construir acordos para poder pesar neste mundo. Nós precisamos do Brasil, mas o Brasil necessita de nós todos, porque o desafio é de continentes. Isto não significa que as nações percam identidades, pelo contrário, significa que a política do futuro tem diversos planos — vai seguir existindo o municipal mas há uma agenda do mundo e temos de participar dela como grande unidade continental e temos de construí-la.
Mas o Mercosul não tem a capacidade de fazer isso.
Tem dificuldades. A burguesia paulista, que é a mais competente do continente, deveria entender que é tempo de juntar aliados, não de colonizar. Tem de criar sistemas de multinacionais latino-americanas e uma forma é multiplicar a força juntando-nos. A luta é que os brasileiros sejam mais latino-americanos, que aprendam a falar castelhano e nós temos de aprender o português.
Lula declarou que vai lançá-lo para presidente da Unasul.
Lula tem muita preocupação com o meu futuro e eu com o dele. O Brasil tem a Amazônia, os grandes rios, reserva petroleiras importantes e deve recordar que também tem Lula. Tanto privilégio no mundo é difícil.
O senhor foi chamado de presidente "gente boa" pelo jornal espanhol ‘El Mundo’, a Foreign Policiy disse que o senhor redefiniu o papel da esquerda no mundo. O senhor se reconhece em algum desses papeis?
Reconheço a tragédia do mundo atual. Este reconhecimento tão generoso é o outro lado do que está acontecendo no mundo de hoje. Não é que me achem tão excepcional, me usam como uma maneira de criticar os outros. A última vez que estive na ONU escutei discursos de um presidente de um país europeu pelo qual temos um respeito enorme pela cultura, por suas tradições, pelo que significou no mundo. Fiquei assustado, porque parecia um discurso neo-colonialista
Era o presidente da França?
Foi um terror, um presidente de esquerda, da república francesa, a pátria-mãe das revoluções. Se olhamos a política italiana, é um terror. Eu não sou nada, sou um camponês com senso comum. Sem dúvida, estou vivendo uma peripécia. Talvez, se não tivesse passado tantos anos presos com tempo para pensar, fosse diferente.
O Uruguai foi responsável por um grande trauma brasileiro em 50, quando derrotou o Brasil no Maracanã. Esta história pode se repetir?
Muito difícil, isto foi uma coisa excepcional. Mas tinha antecedentes, o Uruguai tinha passado por uma grande greve de jogadores, assim que acabou teve de se montar uma seleção para jogar com o Brasil. E esta seleção ganhou. O futebol na época estava mais equilibrado na região: agora é quase impossível para o Uruguai – um país de 3 milhões de pessoas - ganhar um Campeonato do mundo.
Ano passado estive na Espanha, o presidente do Real Madrid me contou que o orçamento do clube é de US$ 400 milhões por ano, nenhum clube do Uruguai gastou isso em toda a sua vida. Mas ninguém pode nos proibir de sonhar. O futebol tem milagres e isto é interessante. Estão dizendo que o estádio está atrasado, mas sempre se termina no último momento, uma semana antes o Maracanã estava cheio de tapumes.
Brasil vai fazer um campeonato do mundo lindo. Brasil deve apreciar o melhor que tem, não é a Amazônia nem o petróleo, é o experimento social de ser o país mais mestiço do mundo. E tem uma grande alegria de viver, mesmo com as dificuldades e isso deve ã África. Por isso, a luta é que brasileiros sejam mais latino-americanos.

PREFEITO SUGERE QUE POPULAÇÃO COMETA CRIME AMBIENTAL AO CAÇAR ROLA

Neste final de semana uma discussão com um contribuinte irritou o prefeito de Maricá, Sr. Washington Quaquá Siqueira que também é presidente estadual do PT.

No acalorado da discussão o prefeito sugeriu ao contribuinte (e possível eleitor seu nas últimas eleições) que o mesmo fosse caçar rola e ainda deu a dica do local ideal para encontrar o pássaro silvestre; a Serra do Camburi.

Aconteça que infelizmente o prefeito sugeriu um crime ambiental, uma vez que a rolinha é um pássaro silvestre protegido por leis ambientais brasileiras e sua caça é proibida.

Ou será que a rola em questão não é a ave silvestre?

Um grande dilema jornalístico foi lançado no ar!

domingo, 30 de março de 2014

JOSÉ MUJICA: UM EXEMPLO PARA O MUNDO

José Mujica, o presidente que pôs o Uruguai no mapa

Vida espartana e projetos polêmicos, como estatização da maconha, atraem atenção global


MONTEVIDÉU - José Mujica conseguiu uma proeza incrível: colocou o Uruguai no mapa. Desde que assumiu a Presidência, em 2010, ele foi capa do “New York Times” e entrevistado pelos principais jornais da América e da Europa, por canais de TV japoneses e coreanos. Na Itália, foi chamado de “o Mandela sul-americano”, e o jornal “Guardian” imaginou como seria o Reino Unido se Mujica fosse primeiro-ministro. Todo esse alvoroço para o presidente de um país de três milhões de habitantes, perdido no Sul do mundo, e que só surge nas manchetes vez ou nunca por algo relacionado a futebol, costuma ter uma explicação tão implacável quanto discutível: Mujica é um presidente diferente.



A primeira coisa que chama a atenção é sua história de vida. Seu começo na política, acompanhando um dos caudilhos históricos de um dos partidos fundadores do Uruguai, depois sua conversão ao marxismo e seu papel no movimento guerrilheiro que se levantou nos anos 1960 contra um governo democrático do mesmo partido. Mujica passou 14 anos preso em condições miseráveis, e depois do retorno à democracia, em 1985, voltou à política, criou um grupo na coalizão de esquerda Frente Ampla, e foi subindo de posto, passando de deputado a senador, ministro, e finalmente, presidente da República.
O que mais impressiona em Mujica, porém, é seu estilo de vida. Ele continua morando numa modesta propriedade rural nos arredores de Montevidéu, dirigindo seu Fusca dos anos 1960, comendo em pizzarias de bairro. Isso além de doar 90% de seu salário a causas populares.
Como se isso fosse pouco para chamar a atenção, sua agenda de governo incluiu temas de justificado impacto global. Desde que Mujica assumiu o poder, o Uruguai permitiu o casamento entre homossexuais, legalizou o aborto e embarcou numa experiência sem precedentes de legalização do comércio da maconha. O curioso é que nenhuma dessas reformas tem sido um eixo central da ação política histórica de Mujica, que costuma se mostrar bem mais conservador do que o uruguaio comum quando comenta sobre esses temas.
Aí está um dos pontos-chave para entender a figura de Mujica, que tem um instinto para perceber os temas de impacto. Ele é a personificação do que se denomina “animal político”, e quem achar que ele é um vovô simpático pagará o preço.
Mujica sabe bem quais são seus pontos fortes e como aproveitá-los. Ele tem uma equipe especial para coordenar suas aparições públicas e entrevistas com meios de comunicação estrangeiros, aos quais leva para conhecer sua plantação de flores, seu trator e Manuela, sua cadela de três patas.
Mas os jornalistas uruguaios, que podem complicá-lo com perguntas sobre seu fracasso rotundo em temas que tinha estabelecido como prioridade, como a educação pública, a insegurança ou a relação com a Argentina, costumam ter que nadar por dezenas de filtros para muitas vezes acabarem afogados na areia.
Outra característica do Mujica presidente é a capacidade de transformar seu discurso de acordo com o público. Na Assembleia Geral da ONU e na Rio+20, queixou-se da voracidade da sociedade capitalista, no Uruguai, incentiva um polêmico projeto de uma megamineradora, um discutido porto industrial em plena zona costeira turística e a venda de terras públicas em torno de parques nacionais com o objetivo de instalar colônias agropecuárias.
Para explicar-se, Mujica cunhou uma de suas frases mais famosas: “Da mesma forma que digo uma coisa, digo outra”. Uma frase que descreve um presidente que, com suas particularidades, seu perfil humano e solidário, suas luzes e sombras, tampouco é tão diferente de outros que governam países mundo afora.

UM EXEMPLO A SER SEGUIDO: JOSÉ MUJICA PRESIDENTE DO URUGUAI HOJE NO CANAL LIVRE


Hoje no CANAL LIVRE da Rede Bandeirantes (BAND) os jornalistas Fernando Mitre, Ricardo Boechat e Flávio Panuzzio estarão entrevistando o presidente do Uruguai JOSÉ MUJICA.
Uma figura fantástica, que vive humildemente, sem seguranças, numa casa afastada do centro de Montevidéo e se desloca para o trabalho de Fusca.

Um grande homem, o verdadeiro exemplo de humildade, desprendimento e do verdadeiro SOCIALISTA;
Um grande exemplo para os CORRUPTOS, SAFADOS E LADRÕES que habitam nossa política.

José Mujica que aprovou o uso sa maconha (controlado), o casamento gay, a liberação do aborto, colocou também o Uruguai (país com 5 milhões de habitantes ao sul do Brasil - fronteira com o Rio Grande do Sul) no mapa mundo, como uma das nações mais felizes, mais progressistas e com melhor qualidade de vida no mundo.

O programa vai ao ar logo após ao Pânico e é transmitido também pela Rede de Rádio BAND NEWS.
Nesta segunda feira às 22 horas, o programa será reprizado pela Rádio Band News, no Rio de Janeiro, 94,9 mHz FM.


Um batalhão só para ônibus

Comissão da Alerj propõe unidade para coibir roubos em coletivos, que dobraram em janeiro

HERCULANO BARRETO FILHO

Rio - O crescimento vertiginoso nos últimos meses nos índices de roubos em coletivo mobilizou a Comissão de Segurança Pública da Alerj a pedir por um batalhão especial para prevenir crimes em ônibus. Os índices de criminalidade de janeiro, divulgados anteontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mostraram aumento de 118,46% nesse tipo de ocorrência na capital, com 426 roubos — média de 13,74 ocorrências por dia. Foi o maior registrado em um mês há mais de três anos no Rio, superado apenas por outubro de 2010, com 436 roubos. 
O deputado estadual Iranildo Campos (PSD), que preside a comissão, tratou da questão com o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), em reunião ontem à tarde, no Palácio Guanabara. E saiu de lá otimista. “Ele levará o assunto ao governador Sérgio Cabral. Disse que essa possibilidade será estudada. De imediato, os batalhões terão a determinação de fazer fiscalizações periódicas”, adiantou. 
Hoje, o policiamento nos ônibus é feito pelo Grupamento Transportado em Ônibus Urbano (GPTOU) da PM, que possui um efetivo de apenas cem homens. Eles atuam em uma unidade no Centro, que costuma fazer policiamento na Avenida Brasil e Linha Amarela. Em dezembro do ano passado, foi criado um grupamento que age na Zona Oeste. 
Mas a atuação do GPTOU não foi o suficiente para coibir os roubos em coletivo na capital, que começou a dobrar nos últimos sete meses, de acordo com os dados do ISP. Entre agosto do ano passado e janeiro deste ano, foram 2.296 roubos. No mesmo período do ano anterior, foram registrados 1.169 casos. 
O assunto foi levado à Alerj na terça-feira (25 de março), em audiência pública com a participação de entidades ligadas ao transporte coletivo e representantes das polícias Civil e Militar. A comissão também propôs a instalação nos coletivos de um cofre tipo boca de lobo, para dificultar o roubo, além da criação de um banco digital de imagens armazenadas pelos ônibus, para ficar à disposição de investigações policiais. Hoje, as imagens só ficam arquivadas por 30 dias.

A experiência nos trens
Um batalhão especializado em ações dentro de meios de transportes não é uma novidade na corporação. Em janeiro de 2009, o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, definiram a extinção do Batalhão de Polícia Ferroviária (BPFer), que possuía um efetivo de 255 homens, responsáveis pelo policiamento nos trilhos.
Na época, a SuperVia se baseava na redução dos índices de furto e roubo de fios elétricos de cobre, derretidos e vendidos a quilo, para defender a permanência do batalhão. Depois da extinção, os PMs do BPFer foram transferidos para unidades operacionais.

Convênio com as empresas
Em nota, a Polícia Militar informou que há um estudo para expandir a fiscalização de crimes cometidos em coletivos. A corporação informou, ainda, que foi feita uma reunião, em fevereiro deste ano, entre o comando do Grupamento Transportado em Ônibus Urbano (GPTOU), responsável pelo policiamento, e responsáveis pelas empresas de ônibus, para discutir o assunto. 
Segundo a Polícia Militar, 80 homens contratados pelo Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) no convênio com a Rio Ônibus/BRT reforçam o policiamento para reduzir esse tipo de crime em coletivos. 
Em 2013, o GPTOU do Centro apreendeu quatro armas, 33 munições e prendeu 58 suspeitos. Em janeiro e fevereiro deste ano, o grupamento apreendeu uma arma, três munições e prendeu 26 pessoas. Criado em dezembro de 2013, o GPTOU da Zona Oeste prendeu 43 pessoas e apreendeu três armas.

sábado, 29 de março de 2014

MANIFESTAÇÃO FURADA


Um protesto marcado para a sexta feira dia 28 de março às 17:30 pela internet durante duas semanas pelo FORUM DE MOBILIDADE URBANA contra os assaltos de ônibus que vem acontecendo na Viação Nossa Senhora do Amparo, quase não aconteceu por total falta de mobilização e por ser completamente sem sentido, uma vez que a empresa de ônibus é também vítima dos assaltos.
O protesto que deveria ter sido feito contra as autoridades policiais que não estão dando a devida atenção ao problema crescente de assaltos nos ônibus da região metropolitana – que teve um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2013 – reuniu 7 (sete) pessoas que com uma faixa tentaram fazer a manifestação que só começou por volta das 19 horas.
Durante a semana a reportagem do Barão de Inohan entrou em contato com um dos organizadores da manifestação – Sr. Vagner Fia (morador de Itaipuaçu) e fez o convite para que este comparecesse às duas reuniões que aconteceram na terça feira dia 25 de março (uma na ALERJ com o Deputado Iranildo Campos – PSD às 11 horas e outra na 82 DP com o CCS Maricá e demais autoridades de polícia às 17 horas) em nome do Forum de Mobilidade Urbana para levar as demandas e explicar melhor os problemas que afligem os usuários de transporte coletivos no Rio de Janeiro.
Por motivos não justificados, o mesmo não compareceu a nenhuma reunião e o que foi visto foi uma manifestação pequena, feita no local errado, no momento errado e com um número insignificante de pessoas, esvaziando assim um movimento que poderia ter tido uma excelente repercussão.
Sugerimos que da próxima vez, essa manifestação organização pelo Fórum de Mobilidade Urbana, consiga mais adesões (o que é preciso urgentemente) e que seja feito por exemplo, em frente a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, cobrando sim, das autoridades, ações urgentes para coibir de uma vez por todas os assaltos que já vitimaram passageiros, motoristas e cobradores.
Pelos índices da Fetransporte e dos Sindicatos ligados a categoria, a Viação Nossa Senhora do Amparo teve desde o inicio do ano 9 assaltos. Levando-se em conta que a cada mês, a empresa realiza cerca de 12 mil viagens apenas nos ônibus tarifa A – alvo dos meliantes – 9 assaltos em um período de 3 meses (ou seja, 36 mil viagens em média) é um número ínfimo. É claro que não queremos nenhum assalto e aí as autoridades policiais precisam agir logo e com firmeza, para evitar que todas as empresas não tenham os mesmo índices da Viação Fagundes por exemplo, que segundo a Fetranspor e os sindicatos ligados à categoria, tiverma somente no mês de março e somente na Alameda São Boa Ventura em Niterói, 25 assaltos do dia 1 ao dia 20 de março.

Membros da ODDPM que hoje é parceira da prefeitura de Maricá
esteve presente à manifestação que deu chabú
Fotos: Mauro Luis

sexta-feira, 28 de março de 2014

JÁ SÃO MAIS DE 6 MIL VOTOS GARANTIDOS. MINISTÉRIO PÚBLICO ESTÁ AVERIGUANDO

Entregues mais 2.280 cartões do Bolsa Social Mumbuca 

Depois dos dois primeiros meses com uma série de problemas denunciados pelo Barão de Inohan, que verificou que vários comerciantes já não estão trabalhando com a moeda Mumbuca pois não tiveram sua receita creditada na data acordada, e por diversos usuários terem (e ainda estão) passado por constrangimento ao fazerem suas comprar e verem que não havia nenhum crédito em seus cartões, o que fez o presidente do do Instituto Palmas viajar de modo emergencial para apagar o incêndio gerado pelo não repasse da prefeitura das verbas ao Instituto( segundo informações de funcionários da instituição), mais cartões foram distribuidos nesta sexta feira na praça Orlando de Barros Pimentel, sobre alguns olhares de membros do Ministério Público infiltrados na solenidade.
Todas muito atentas as explicações do secretário de Direitos Humanos
 Responsável pela implantação do programa Moeda Social Mumbuca em Maricá, o Instituto Palmas efetuou a distribuição, nesta sexta-feira (28/03), de mais 2.280 cartões, do total de seis mil, da primeira moeda social eletrônica do país, criada pela Prefeitura, para combater a pobreza extrema na cidade e para estimular o crescimento do comércio local. Os contemplados recebem um benefício mensal de 70 Mumbucas (o que equivalente a R$ 70), com previsão de chegar a 300 Mumbucas por família até 2016. O evento foi realizado na Praça Orlando de Barros Pimentel e contou com a presença do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes, e do coordenador do Instituto Palmas, João Joaquim de Melo. 
O secretário Miguel destacou a importância do programa para a população maricaense. “Com parte do repasse dos royalties, é feita a complementação de renda para as famílias carentes que ganham uma ajuda mensal para ajudar nas despesas domésticas. Nossa meta é beneficiar 13.500 famílias”. Ainda segundo Miguel, a partir de abril, será iniciada uma segunda fase do programa com a liberação de linhas de crédito, de até 15 mil Mumbucas, para o microprodutor, microempreendedores, agricultores familiares, pescadores, artesãos e pequenos comerciantes. 


O presidente da Rede Brasileira de Bancos Comunitários e também coordenador do Instituto Palmas, João Joaquim de Melo, relembrou a implantação há 15 anos do primeiro banco comunitário no Ceará, o Palmas, e destacou que, apesar de recente, o modelo adotado por Maricá serve de referência para outras cidades no Brasil e também no exterior. “O diferencial da Mumbuca é que além de contribuir para a erradicação da pobreza extrema com a transferência direta de renda, ela incentiva o uso da moeda local apenas no comércio local. 
Para o secretário municipal de Transportes, Leandro Costa, que também esteve no evento, o programa serve para melhorar as condições de vida das famílias carentes. “O benefício garante pelo menos uma renda mínima mensal a quem mais precisa do benefício”, declarou o secretário. Leandro acrescentou que está previsto para o dia 26 de maio (aniversário da cidade) o início de operações dos dez ônibus da Empresa Maricá Transportes Públicos (MTP). 
Fotos: Fernando Silva

quinta-feira, 27 de março de 2014

PREFEITURA OFICIALIZA A CAMELOTAGEM


Enquanto vários comércios fecham em todos os cantos da cidade, a prefeitura oficializa a camelotagem no centro de Maricá. 
Além da enorme desordem urbana e do não cumprimento da promessa da sua primeira gestão quando a construção do Mercado Popular com boxes padronizados e banheiros públicos (além de área de alimentação), a prefeitura agora resolveu ORDENAR do jeito dela, oficializando os camelos em frente as grandes lojas do centro de Maricá.

Em vários locais da rua Ribeiro de Almeida, praça Conselheiro Macedo Soares e parte da Rua Senador Macedo Soares, a população tem que dividir o espaço da calçada com os camelos e acaba disputando também espaços nas ruas, com já vários pequenos incidentes.

Na calada da noite de 25 para 26 de março, a prefeitura pintou na calçada em frente a Leader, South, Americanas e Casas Bahia, diversos espaços para OFICIALIZAR a presença dos camelôs.

A CDL e a ACEIM estarão enviando ofício na manhã de hoje (27/03) para saber dos órgãos competentes (???) o que realmente será feito e então tomar providências para mais esse absurdo e arbitrariedade da prefeitura, que ao invés de dar condições dignas de trabalho aos camelôs com criação e construção oficial do Mercado Popular, em ano de eleição vai aceitando e colocando cada vez mais camelôs nas ruasdo centro de nossa cidade.

GRAVE DENÚNCIA

Chegou à nossa redação que camelôs estão pagando taxas semanais para alguém possivelmente ligado à prefeitura para poderem trabalhar nesses locais. O recolhimento é feito por um rapaz moreno todas as semanas. Estamos de olho!



quarta-feira, 26 de março de 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

AUMENTO DE ASSALTOS EM ÔNIBUS É TRATATO POR ÓRGÃOS DE SEGURANÇA

O dia 25 de março foi marcado por reuniões sobre o aumento da criminalidade em ônibus da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro.


Depois dos inúmeros acontecimentos envolvendo QUASE TODAS as empresas que servem os usuários de transporte público nesta região que compreende os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguai, Japeri,Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João do Meriti, Seropédica e Tanguá, a Fetranspor, sindicatos dos motoristas e cobradores e conselhos comunitários de segurança, começaram a solicitar e cobrar dos órgãos de segurança do estado uma atuação mais enérgica.


Na terça feira - 25 de março, às 11 horas, na sala 316 da Assembléia Legisltiva do Estado do Rio de Janeiro, o Deputado Iranildo Campos (PSD) - presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, realizou e presidiu a primeira audiência pública com o tema: "O AUMENTO DA VIOLÊNCIA QUE VEM ATINGINDO AS CATEGORIAS DE MOTORISTAS E COBRADORES DE ÔNIBUS".


Estiveram presentes diversos sindicatos de vários locais da região metropolitana, que fizeram uso da palavra, lembrando que o problema não é só da classe, que vive - segundo relatos - massacrada e com medo do aumento da violência.

Falaram com destaque o presidente do SINTRATURB, Sr. José Carlos Sacramento, Sebastião Silva vice presidente da NOVA CENTRAL e Rubens dos Santos Oliveira vice presidente do SINTRONAC (que atende Niterói e Maricá). Todos foram unâmimes em pedir ações imediatas das polícias civil e militar para acabar de vez com as assaltos que afligem a categoria e colocam passageiros e profissionais em risco de vida constantes.

Rubens dos Santos (foto acima) citou os incidentes que acometeram a Viação Nossa Senhora do Amparo, mas fez questão de citar que o grande problema na região de Niterói e São Gonçalo está justamente na Alameda São Boa Ventura, entre a Estação Riodades e a Estação Horto, onde apenas neste mês de março, a Viação Fagundes já registrou 25 assaltos (dados até o dia 21/03).


O Deputado Iranildo Campos, juntamente com os Deputados Flávio Bolsonaro e Paulo Ramos (foto abaixo), se comprometeram em realizar outras audiências públicas trazendo mais representantes da segurança pública do estado para poder dar um basta nesta situação que aflige à todos.


Foi informado também, que em relação ao mesmo período do ano passado, os assaltos à ônibus da regiçao metropolitana aumentaram em 25%, um índice altíssimo.
Falou também o Deputado que irá solicitar o aumento IMEDIATO das blitizes em ônibus e que a população, mesmo se sentindo incomodada, deverá entender e colaborar com o ato da PM.


CCS MARICÁ REALIZA REUNIÃO SOBRE ASSALTOS EM ÔNIBUS NA 82 DP

Na tarde do mesmo dia (25 de março), às 17 horas, o CCS MARICÁ - Conselho Comunitário de Segurança, realizou reunião com a presença do Delegado titular da 82 DP, do sub comandante da 4ª CIA do 12º BPM (que atende Maricá), e com a presença do Capitão do BPRV. Estiveram presentes também funcionários e diretoria da Viação Nossa Senhora do Amparo e pela imprensa, apenas o Jornal Barão de Inohan, além de representantes de outras associações.


Segundo informações da própria Viação Nossa Senhora do Amparo, os assaltos estão acontecendo apenas no trecho da Rodoviária Novo Rio até o Caramujo (na RJ 104). Informaram também que na RJ 106, nenhum problema tem acontecido e que a resposta do BPRV nas solicitações feitas pela empresa e nas ações preventivas (realizando blitizes e intervenções) tem tido uma excelnte resposta.


Conclui-se então na reunião que o grande problema é o gerenciamento de informações da Policia Militar e outros órgãos envolvidos na região do Rio de Janeiro e Niterói.
Para que possamos entender a situação: no caso do ônibus sequestrado, os assaltantes entraram na Rodoviária Novo Rio (5º BPM). Ao subirem na ponte já passaram para uma jurisdição federal, onde o contato tem que ser feito com a CCR Ponte e Polícia Rodoviária Federal.
Depois o veículo fez o retorno em Niterói - área do 12º BPM.
Retornou para a ponte, novamente área da Polícia Rodoviária Federal e depois acessou a Avenida Brasil, área do BPVE - Batalhão de Policia de Vias Especiais, e esses contatos, embora todos feitos pela empresa, não foram suficientes para que fossem tomadas as medidas corretivas afim de evitar o assalto e sequestro. Ficou latente a falta de comunicação dos órgãos e um outro órgão gerenciados de todas essas comunicações.

Comprometeu-se o CCS Maricá em marcar com o chefe da Policia Civil, CCR Ponte, Policia Rodoviária Federal e até mesmo com o secretário Beltrame, encontros e reuniões para acabar de vez com esses assaltos que atormentam o dia a dia dos passageiros e da empresa.

O delegado titular da 82 DP, Julio Cesar Mulatinho declarou e solicitou que é MUITO IMPORTANTE que o registro policial seja feito, e não há necessidade que este seja feito no mesmo dia. O registro pode ser feito pela internet ou até 15 dias depois do ocorrido.


Representantes da Viação Nossa Senhora do Amparo informaram também que a FETRANSPOR também está trabalhando junto aos órgãos de segurança do estado afim de eliminar de vez os assaltos nos õnibus da região.

segunda-feira, 24 de março de 2014

PT PODE TER DERRUBADO DIRETOR DA GLOBO


O executivo Octávio Florisbal deverá ser substituído da Direção-Geral da Rede Globo porque cansou de suportar as pressões diretas e indiretas do governo, sempre que o jornalismo da emissora detonava matérias negativas contra os esquemas petralhas e de seus aliados. Alegando que a maior rede de televisão do País não pode aceitar se submeter à censura, Florisbal pediu aos irmãos Roberto Irineu e João Roberto Marinho para sair do cargo que será ocupado por alguém com sangue mais frio para suportar tentativas constantes de ingerências políticas: o jornalista Carlos Henrique Schroder – atual diretor-geral de Jornalismo e Esportes.


A versão de que a família Marinho preferiu se blindar contra as armações político-econômicas dos petralhas no poder vazou entre conversas de lobistas que trabalham para importantes afiliadas da Rede Globo. Os irmãos Marinho aceitaram a troca de Florisbal por Schroder porque as pressões sobre a Globo aumentaram, de forma insuportável, depois que o julgamento do Mensalão no STF ganhou os impensáveis desfechos de condenação para os principais réus políticos.

Dirigentes globais foram “desaconselhados” por “emissários do governo” a não tentarem uma entrevista exclusiva com o publicitário Marcos Valério. Muito menos a Globo deveria cogitar de comprar e veicular o conteúdo das tais quatro bombásticas fitas que Valério teria mandado um famoso cineasta gravar e editar para comprometer o ex-presidente Lula da Silva e a cúpula do PT com os mafiosos esquemas do Mensalão. O comando das Orgnizações Globo preferiu acreditar nas ameaças e anunciou, depressa, a programada e futura substituição de Florisbal por Schroder. O ex-diretor-geral – que cansou de sofrer pressões – acabou “promovido” para um cargo no novo conselho da emissora, cujos sócios são os herdeiros do falecido Roberto Marinho.

Bronca maior

Além de neutralizar a televisão Globo, a máquina de censura petralha gostaria muito de atingir três jornalistas que operam a contra-ofensiva da família Marinho no jornal O Globo.

Merval Pereira, Ricardo Noblat e Miriam Leitão – que publicam artigos mais contundentes contra os esquemas mafiosos no governo federal – são os alvos preferenciais da petralhada.

Se a pressão sobre os controladores da Globo aumentar e se tornar insuportável, pode sobrar alguma malvadeza contra um dos três.